A não ser cerveja ou água, fora das refeições muito raramente bebo algo que não seja acompanhado de petisco. De manhã, então, apenas leite, café e/ou sumo. Todavia, à tarde e/ou à noite, desde que acompanhado de umas tapas, conforme dizem os nuestros hermanos, um bom vinho ou um “fino”, dependendo da ementa, vem sempre a calhar.
Convívio, saúde, gosto pessoal, benefícios nutricionais … há muitas razões para beber, ainda que moderadamente, um bom vinho. Certo, certo é que os portugueses apreciam cada vez mais esta bebida. Então, num final de tarde de Verão, quando o calor aperta forte, numa esplanada qualquer à beira-mar plantada, acompanhada de uns caracóis, de uma salada de atum ou de polvo, de umas petingas ou de outro peixe de escabeche, entre tantos outros pratos extraordinários de que a nossa gastronomia é tão rica e que seria fastidioso aqui numerar, é sempre boa altura para um vinho verde ou branco maduro bem fresco. Isto para não falar de umas ostras, escoltadas por um espumante bem gelado, como são aquelas que se nutrem em Cacela Velha, concelho de Vila Real de Santo António.
Conhecem-se e apreciam-se muitos tipos de vinhos e descobrem-se continuamente mais propriedades e benefícios dos variados taninos que os compõem. Todavia, o mais consumido em todo o mundo continua a ser o vinho tinto. Rico em antioxidantes e polifenóis, substâncias que ajudam a prevenir doenças graves como as de coração e alguns tipos de cancro, têm, enquanto bebido moderadamente, repito, igualmente efeito benéfico na pele e no cabelo, pois contém peróxido de benzoila.
Há quem afirme que Deus criou uma planta para curar cada doença e, para os mais cépticos, a ciência também já comprovou que o vinho, enquanto hábito comedido e regulado, pode beneficiar a saúde e, segundo as propriedades da cada um dos vinhos, combate e previne muitos males.