Faltavam poucos minutos para as nove da noite. Tudo sossegado. As empresas têm, na sua esmagadora maioria, as luzes apagadas e, nas ruas, o trânsito circulava com relativa fluidez. A família jantava e o João conversava com os filhos, enquanto a Fernanda se ausentou, facto a que, como é lógico, ninguém deu importância. De repente um estrondo de uma porta a bater fortemente e gritos. Era a Fernanda, possessa de tanta raiva e com os olhos raiados de sangue.
- João, o que é isto? Cabelos louros no teu casaco e a camisa manchada de batom?
Filme? Não. É a realidade dos nossos tempos, possível em qualquer ponto do globo. E, embora haja casas onde estes eventos parecem longínquos, eles ocorrem onde menos se espera.
Dia seguinte. Por volta das oito da manhã, tudo ainda está meio sossegado. As famílias despedem-se à porta da escola ou de casa. Estudantes entram, pouco depois, nas aulas, profissionais vão para os seus escritórios.
Na empresa, o CEO desta, Miguel Santos de sua graça, liga o computador e … nada. Volta a tentar e mais uma vez não tem sucesso. Chama o Tozé, de certo modo o guru da informática, e este detecta que piratas informáticos conseguiram invadir o servidor e tomaram posse de todos os dados: pessoais, profissionais e outros que nem é bom falar. Assaltado repentinamente por uma fúria desmedida, grita a plenos pulmões
- Mas que merd@ é esta? Então e agora?