Ainda hoje, uma vez mais, o referi. Três aspectos existem que são comuns a 99,99 % dos portugueses: falta de dinheiro, excesso de trabalho e inexistência de tempo livre. Por isso peço a todos: por favor não falem destes três sintomas e, sobretudo, do primeiro, uma vez ser catedrático sobre tal e não gostar de falar sobre um assunto com quem não tem tanta experiência quanto este vosso escriba.
Não queira, caro leitor, passar a mensagem de que só os euros sustentam a sua motivação e eliminar à partida as suas oportunidades de continuar uma conversa que, eventualmente, pode ser profícua para todas as partes.
Ninguém muda, conscientemente e por vontade própria, para pior. A menos que se veja numa situação desesperada e seja obrigado a aceitar condições para as quais não está preparado. É, por isso, normal que todas as pessoas que não estão nesta situação procurem um upgrade do seu modo de vida. Assim, a conversa, apesar de não referir explicitamente o dinheiro, pode derivar para a forma de melhorar o seu status económico, versando, por exemplo, sobre a poupança ou rentabilização de recursos/talentos.
Bem sabemos que o dinheiro não traz felicidade, mas é verdade que ajuda e imenso. No fundo, trata-se de algo que, à partida, parece interessar a todos. Todavia, torna-se imensamente redutora e não leva a lado nenhum o queixume mútuo. Ninguém dá nada a ninguém e, como se costuma dizer, não existem almoços grátis. Assim, para não haver perdas de tempo e muitos menos defraudação de expectativas, o conveniente é dedicar o tempo a “como dar a volta por cima?”.