Os processos de aprendizagem interpessoal são influenciados pelo factor tempo, podendo tornar-se mais intensos à medida que as pessoas envolvidas se conhecem melhor. É frequente começar-se por conhecimentos formais, que vão sendo acompanhados por contactos cada vez mais informais, em regra ilimitados. À medida que a relação avança e se reforça as relações de reconhecimento mútuo e de confiança, os contactos profundam-se, conduzindo a interacções mais estreitas. A partilha de conhecimentos mútuos torna-se mais densa, incluindo elementos tácitos e o desenvolvimento de linguagens e gestos comuns.
Eventualmente podem vir a criar-se conhecimentos em conjunto como resultado da interacção dinâmica entre as bases de erudição das pessoas envolvidas. O diálogo estabelecido pode conduzir à identificação de novas oportunidades e a novos insights, susceptíveis de ser desenvolvidos pelas pessoas.
Importará, no entanto, referir que nem sempre as relações evoluem no sentido de uma maior convergência. Em certas situações, os processos de relacionamento podem conduzir a trajectórias diferentes. A partir de um nó comum de interesses, o qual não significa obrigatoriamente casamento, as pessoas podem seguir lógicas de vida distintas, pelo que a cooperação não deixa de se justificar. Noutros casos, a incapacidade de obter resultados em tempo útil pode gerar tensões, devido às diferentes avaliações das pessoas quanto ao interesse do projecto comum e à vantagem de continuar a investir tempo e recursos. Finalmente, pode acontecer que um dos parceiros tenha entrado na relação numa perspectiva oportunista da absorção do outro e uma vez alcançado este desiderato, deixará de estar interessado naquela.