Para lá do arcaísmo da linguagem, o cerne do caminho que traço diariamente permanece inalterável nas iniciativas nas áreas do ensino, da solidariedade e da cultura. Esta perpétua operação de rasgar horizontes a que as expressões culturais me conduzem – porque me interpelam, desafiam, comovem, deslumbram e consolam – não é apenas em si mesma uma obra avulsa, mas promove muitas outras.
Não só me faz bem, pelo prazer da experiência de assistir a um concerto ou observar uma tela, mas dota-me de maiores competências para fazer o certo. A passagem do tempo não deitou por terra a sua perene urgência, nem tão-pouco desgastou o seu prazer apaziguador, apenas as moldou às distintas exigências das diferentes épocas.
Uma persistência que funda as suas raízes também na condução do dia-a-dia, na irrevogável certeza de que o ensino nos fornece, a todos sem excepção, as mais valiosas ferramentas para o cumprimento das seculares máximas, como as de “ensinar os simples de coração”, “dar bom conselho” ou “confortar o outro”.