Um dos maiores flagelos do nosso tempo é o desemprego. É daquelas verdades tão evidentes que, com toda a franqueza, até dá dó só de escrever. Por isso, tudo o que seja feito para minorar tal chaga sabe sempre a pouco.
Assim, por mais bem-intencionados que sejam os incentivos ao relançamento do emprego eles constituem, quase sempre, uma terapia sintomática cuja atractividade das medidas de apoio não conseguem colmatar a estagnação da economia.
Nem os estímulos à criação de empregos, nem o alargamento dos prazos dos subsídios constituem solução para este problema. A recolocação dos desempregados tão-pouco depende da boa vontade dos empregadores. É que por mais que as medidas de incentivo à contratação sejam apelativas, os empregadores só conseguirão criar novos postos de trabalho na altura em que o aumento do PIB entrar numa faixa de crescimento económico sustentável.
São as medidas de redução do IRC, a aposta séria na formação e qualificação, a promoção da internacionalização, i.e., o incremento das exportações, a segurança jurídica dos investimentos, a competitividade fiscal e o financiamento das PME que podem despoletar os factores que promovem o emprego.
Bem sei que, de certo modo, é “chover no molhado”, mas há a referir que os incentivos à empregabilidade medram mais e melhor numa economia em crescimento do que numa em luta pela sobrevivência.