Anda para aí uma polémica bacoca sobre o fim das propinas do ensino superior. Tal ideia, aliás, não é para espantar, pois ultimamente os políticos e, sobretudo, os governantes, possuem o condão de abrir celeumas com causas que nem o Diabo se lembraria.
Para além de ser totalmente contraproducente em termos de justiça social, há a acrescentar que se existe assim tanto dinheiro, algo que ronda os 330 milhões de euros - valor total pago em propinas -, então há muitos outros casos onde poderá e deverá ser aplicado.
Por exemplo, é do conhecimento geral que, hoje-em-dia, a frequência de uma criança em qualquer creche, por muita que a sua qualidade seja enormemente suspeita, custa bem mais que a matrícula de um aluno na melhor faculdade, isto para não falar da dificuldade em encontrar uma que tenha vaga.
Nesta ordem de ideias, num país em que é absolutamente necessário aumentar a natalidade, é da mais elementar justiça subsidiar fortemente o sector da educação infantil.