O meu ponto de vista

Junho 24 2021

Hoje, uma das manchetes na imprensa diária era “Porto entra na lista dos concelhos em alerta”. Evidentemente que tal se referia à pandemia provocada pela propagação do Covid-19. Tal como aludia ao aumento de casos infectados, um pouco por todo o país, com especial incidência na região de Lisboa e Vale do Tejo e, agora, também no Porto.

Com toda a sinceridade, somos os maiores na política do balancé, tanto estamos em cima, como, de repente, passamos para a mó de baixo. Sim, bem sabemos que esta questão de oito ou oitenta não é de hoje, bem pelo contrário, mas jamais aprendermos com erros passados, mesmo que muito recentes, deixa-me furioso, para não dizer fora de mim.

Estamos a caminhar para o abismo, mas em vez de arrepiarmos caminho, não, ainda fazemos pior, corremos e mergulhamos mesmo. Por exemplo, o caso da realização da final da Champions no Porto já foi um enormíssimo erro, reconhecido, inclusive pela chanceler alemã, Angela Merkel. Agora, por motivos meramente eleitoralistas, sabendo previamente dos mais que eventuais agravamentos, foram permitidos os festejos, ainda que minimalistas, de S. João.

Depois queixem-se da pouca sorte, i.e., daqui a umas semanas passarmos a ser novamente o pior país da Europa e, sobretudo, sermos um país a evitar.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:04

Junho 08 2021

Fazemos um favor aos ingleses recebendo a final da Liga dos Campeões, aumentando o risco da pandemia, permitimos-lhes os consequentes desmandos por parte dos habituais hooligans e eles três dias depois, zás: retiram-nos da lista verde, i.e., de viajar livremente para Portugal sem se sujeitar a quarentena.

O que diz o governo: fomos apanhados de surpresa e é muito estranho o comportamento do governo de Sua Majestade. Não fomos previamente avisados e nada pressupunha este desfecho.

No sexta p.p. disputou-se o Espanha-Portugal em futebol. Presentes, em Madrid, os chefes de Estado de ambos os países e respectivos primeiros-ministros, bem como os principais responsáveis pelo futebol, os quais anunciaram, com pompa e circunstância, a candidatura conjunta ao Mundial de 2030.

Hoje, apesar de já haver um desmentido, soube-se que nuestros hermanos decidiram fechar as fronteiras terrestres e marítimas, pois as aéreas já tinham restrições. Só passa quem apresentar um certificado de vacinas anti-Covid-19 ou teste efectuado nas últimas 24 horas.

Novamente, o governo português veio dizer que achava tudo muito estranho. E até estava a estudar um modo de semelhante de retaliação. Aposto, mil contra um que nada fará para além de falar, falar e falar.

Resumindo, sempre de cócoras mas estranhamente.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:16

Maio 25 2021

Nos últimos dias registou-se sistematicamente uma subida do número de contágios por Covid-19, sendo de realçar que metade se verifica em Lisboa, fruto da festa do final do campeonato de futebol, promovida por adeptos do Sporting, bem como da desvalorização dos cuidados na noite lisboeta, como, aliás, temos visto amiúde nas televisões.

Como se tem visto, o governo fala, fala, mas agir em Lisboa …. Está quieto.

Assim, como não quer fazer o que tem feito, e bem, em muitos outros concelhos do país, ou seja, forçando a regressão nas medidas de confinamento, começa a inventar outras soluções: mudança da matriz de risco, i.e., aumento do índice do número de infectados por 100 000 habitantes, bem como acelerar a vacinação, baixando o nível etário, falando-se já em inocular os indivíduos da faixa etária dos 30-40 anos.

A pergunta que impõe: porque não se tomaram estas medidas nas autarquias que subiram o número de infectados? Lisboa é Lisboa e o resto é paisagem. Fosse a capital governada por outra cor política e veriam como as medidas seriam diferentes.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:32

Abril 27 2021

Os números dizem que estamos muito bem termos de pandemia provocada pelo Covid-19. Aliás há quem diga que passámos, em dois meses, do pior país da Europa para o melhor. Tudo bem. Admito que, por um lado, nos assustámos, por outro, fruto da intensificação da testagem e, sobretudo, do aumento da vacinação estamos, sem sombra para dúvidas, muito melhores.

Todavia, como não há bela sem senão, e como somos especialistas em passar do oito para o oitenta, tenho muito receio que começamos a ter comportamentos totalmente inadequados. Vejam-se os exemplos das festas ilegais, algumas com largas dezenas de pessoas, sem qualquer protecção e/ou distanciamento, bem com a frequência dos centros comerciais. Ainda hoje é notícia de que as lojas estão a facturar bem acima dos valores da pré-pandemia.

Se existiam necessidades que urgia colmatar? Claro que sim. Mas, vamos com calma. Por imensa sede que possamos ter, não vamos ao pote, todos e ao mesmo tempo, e esvaziamo-lo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:31

Abril 11 2021

Por muito que a Operação Marquês, vulgo José Sócrates, seja importante, voltemos a face para o incremento da propagação da Covid-19. O que sabe nos dias de hoje é que tal continua sistematicamente a aumentar, o que quer dizer que corremos sérios riscos de um dia destes ter novo confinamento.
Aqui chegados, por muito que eu passe o dia-a-dia, fim-de-semana e mês após mês confinado, há que denunciar a imensa gente que tentam estragar as minhas férias de Verão, na medida em que há uma desbunda quase total.
Então, se é para assim ser, vamos a isso. Nos próximos fins-de-semanas vai valer tudo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:12

Abril 08 2021

Toda a problemática que envolve a vacina da AstraZeneca está a deixar meio mundo, para ser simpático, atarantado. Levamos/não levamos? Tem efeitos secundários graves? Todos os medicamentos também não os têm? Basta ler a bula do Ben-U-Ron, medicamento de venda livre, para verificar isso mesmo.

Depois as notícias daqui e dali são muitas vezes contraditórias. Um dia não há problema algum na toma, para no dia seguinte tal já não ser recomendada a menores de 60 anos. Um país decide assim, para depois vermos que existem outros a determinar assado, isto quando não é mesmo em sentido contrário.

Bem, o certo é que vamos ter mais oito dias para tomar uma posição.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:23

Fevereiro 11 2021

Não me canso de repetir que o Ensino à Distância (E@D) é detestável e não chega sequer aos calcanhares do presencial. É deplorável por diversas razões, principalmente para aqueles em que que o ensino profissional constitui parte integrante do seu horário. Mas vamos às ditas causas: estes alunos normalmente têm imensas dificuldades de concentração, memorização e cognição. Por outro lado, geralmente são discentes com enormes vícios instalados, de parcos recursos económicos e pertencentes a famílias pouco ou nada funcionais. Para agravar a situação já de si má: na maior parte das aulas os alunos permanecem com as câmaras desligadas, argumentando que não tem software disponível e/ou está avariado. O que ontem estava bom, hoje pode estar danificado. Como saber a verdade é a questão de um milhão.

Todavia, também sei que, no momento presente, não existe qualquer outra alternativa. Assim, resta prosseguir com o menor dos males, i.e., o E@D.

Até aqui nada de novo. O que começa a mudar e a preocupar-me imenso são as palavras, as insinuações e as pressões - bem acompanhadas pelos boys and girls, transformadas em spinners de trazer por casa, os quais plantam a ideia, de manhã, à tarde e à noite, hoje, amanhã e seguintes, primeiramente nas redes sociais e depois nos órgãos de comunicação social do costume – para que as escolas reabram o mais rapidamente possível. Fala-se até já no início do próximo mês. O argumento é o do costume: as escolas são lugares seguros. Esquecem-se de que os alunos não vão para as escolas sozinhos. Acarretam movimentações, calculadas em cerca de dois milhões de pessoas.

Por fim, recordo o que todos os especialistas dizem e nós confirmamos: foi o encerramento dos estabelecimentos escolares que fez baixar de forma exponencial o número de infectados. Não quero, de modo algum, assistir a uma quarta vaga e passar o Verão confinado.

publicado por Hernani de J. Pereira às 14:43

Fevereiro 09 2021

Os especialistas confirmam aquilo que todos já sabíamos, i.e., a curva de crescimento da pandemia do Covid-19 continuou interruptamente a subir desde inícios de Janeiro, só começando a achatar - duas semanas depois - após o encerramento das escolas. São dados concretos e indesmentíveis. Dizem mais: o aludido fecho só pecou por tardio, pois jamais deveriam as escolas terem aberto em Janeiro. Culpa, máxima culpa, do governo.

Todavia, durante duas ou três semanas o governo e sobretudo o ME negou o óbvio. Aliás, o primeiro-ministro, de forma desonesta, chegou a desmentir o intuitivo, ou seja, dizendo que foi no momento em que as escolas encerraram que o pico de transmissão foi alcançado. Estava-se a referir às interrupções de Natal, nas quais, devido à desbragada atitude governamental e não só, houve um criminoso desconfinamento (quase total). Tal foi a sua latitude que a maioria dos cientistas, já nessa altura, recomendavam a não reabertura das escolas, ou seja, a quatro de Janeiro.

Todavia, o governo, o ME e sobretudo o Ministério das Finanças – afinal, é quem manda – sabiam que estavam longe, muito longe de cumprir os objectivos que se propuserem, e proclamaram aos quatro ventos, desde Abril do ano transacto: apetrecharem as escolas e, principalmente, os alunos do material informático necessário a um mínimo digno de E@D. Daí o protelamento máximo. Muitas mortes teriam sido evitadas. Criminosa tal atitude.

Agora, sem qualquer despudor, o ME já começa a falar, contra todas as ideias defendidas pelos peritos, na reabertura das escolas. Volto a repetir: sabem muito bem porque insistem em tal medida. Essencialmente, por culpas no cartório. Principalmente, por existirem milhares de alunos sem as mínimas condições para continuar a seguir as aulas à distância.

publicado por Hernani de J. Pereira às 16:54

Fevereiro 02 2021

Não somos os únicos na Europa. Todavia, somos, sem sombra para dúvidas, os mais avançados a este nível. Isto a acreditar na comunicação social somos, como sempre pela negativa, o número um nos atropelos à prioridade no que diz respeito à vacina contra o Covid-19. Pouco falta para ser o salve-se quem puder. É um fartar de vilanagem.

Assim, a acreditar nas referidas notícias, ofereço-me para, num futuro próximo, ser voluntário num qualquer centro comunitário da luta contra a pandemia, bem como dirigente e/ou funcionário auxiliar – por exemplo, cozinheiro, já que dizem que tenho jeito para a coisa – de qualquer IPSS, desde que seja incluído, desde já, na próxima toma da vacina.

Igualmente estou disponível para ser companheiro, amante, filho, pai, irmão e quejandos de qualquer “bicho careta” que dirija uma organização social – hospital, segurança social, inem, etc., desde que seja abrangido pela lista de pessoas prioritariamente a vacinar.

Já agora, respondo ao coordenador da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 que, de forma veemente, critico toda esta pouca vergonha e não voto Chega!

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:41

Janeiro 28 2021

Para além do número de mortos e infectados diariamente pela Covid-19 ter atingido valores astronómicos, chega-nos a toda a hora a falta de vergonha, a inexistência de pudor e o salve-se quem puder por parte dos socialistas no que concerne à vacinação contra aquele virús.

Só hoje tivemos conhecimento da vacinação de dirigentes e administrativos do INEM, bem como a direcção e dirigentes de topo e outros quadros da segurança social de Setúbal. Todos muito, mas mesmo muito, longe da linha da frente no combate da pandemia. As desculpas são as mais esfarrapadas e deixam nas ruas da amargura a ética republicana de que o governo tanto apregoa.

Vergonha! Máxima vergonha!

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:50

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