É do conhecimento geral que nos países industrializados e no caso concreto de Portugal, o desenvolvimento que assistimos nos últimos anos originou um aumento exponencial de oferta de produtos e serviços, provocando uma evolução do perfil do consumidor, sobretudo no que concerne à juventude.
Por isso não nos admiramos que hoje-em-dia, é certo que mais rapazes que raparigas, sobretudo entre os 15 e os 17 anos, existam situações de comportamento social incontrolável e indisciplinado, bem como consumos de álcool, estupefacientes e adição às novas tecnologias. Só quem não contacta com os jovens, quem não os vê nas esplanadas e/ou outros lugares de diversão, principalmente os nocturnos, se poderá surpreender.
Rastrear a educação dos jovens – atenção que não falo de ensino -, controlar e controlar, por muito que possamos ser apelidados de “bota-de-elástico”, ter constantemente iniciativas proactivas, já que as reactivas há muito que perderam validade, observar com quem andam, pois já lá diz o ditado “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”, ter um cuidado acrescido com substâncias proibidas. Não, não me estou a referir apenas ao tabaco ou outras drogas, mas também hormonas e outros pseudomedicamentos sintéticos.
Numa sociedade cada vez mais global, os produtos alimentares têm uma importância acrescida, pelo que contrariar o fast food é um grau de confiança na confirmação positiva do crescimento dos jovens. É difícil? Claro que é, mas não é impossível. Não digo que, uma vez por outra, não abasteça a dispensa/frigorífico com estes produtos, mas de modo algum pode ser prática quase diária.