O meu ponto de vista

Maio 23 2019

É do conhecimento geral que nos países industrializados e no caso concreto de Portugal, o desenvolvimento que assistimos nos últimos anos originou um aumento exponencial de oferta de produtos e serviços, provocando uma evolução do perfil do consumidor, sobretudo no que concerne à juventude.

Por isso não nos admiramos que hoje-em-dia, é certo que mais rapazes que raparigas, sobretudo entre os 15 e os 17 anos, existam situações de comportamento social incontrolável e indisciplinado, bem como consumos de álcool, estupefacientes e adição às novas tecnologias. Só quem não contacta com os jovens, quem não os vê nas esplanadas e/ou outros lugares de diversão, principalmente os nocturnos, se poderá surpreender.

Rastrear a educação dos jovens – atenção que não falo de ensino -, controlar e controlar, por muito que possamos ser apelidados de “bota-de-elástico”, ter constantemente iniciativas proactivas, já que as reactivas há muito que perderam validade, observar com quem andam, pois já lá diz o ditado “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”, ter um cuidado acrescido com substâncias proibidas. Não, não me estou a referir apenas ao tabaco ou outras drogas, mas também hormonas e outros pseudomedicamentos sintéticos.

Numa sociedade cada vez mais global, os produtos alimentares têm uma importância acrescida, pelo que contrariar o fast food é um grau de confiança na confirmação positiva do crescimento dos jovens. É difícil? Claro que é, mas não é impossível. Não digo que, uma vez por outra, não abasteça a dispensa/frigorífico com estes produtos, mas de modo algum pode ser prática quase diária.

publicado por Hernani de J. Pereira às 12:02

Dezembro 19 2017

É tempo de Natal e as reflexões (!!!) consumistas em torno desta temática tendem a colocar um líder, ou uma figura de chefe de armazém, no centro das estratégias de dádivas. Falo, como já compreenderam, do Pai Natal, algo que não existia na minha meninice. Há cinquenta, sessenta anos quem dava as parcas prendas, quando as havia, era o Menino Jesus. Hoje Este está esquecido no presépio e é onde ele é montado, i.e., numa minoria de casas.

Todavia, há que lutar contra este mundo materialista em todo o momento e, sobretudo, neste tempo do Advento. O papel d’Aquele que veio e virá não pode nem deve ser minimizado. Por muito que tentem demonstrar que Ele não é determinante, nada há, porém, de tão motivante.

Todos, ou melhor, a maioria de nós revela que estamos mais inclinados para prestar um bom serviço ao seu irmão quando nos sentimos comprometidos/motivados e envolvidos verdadeiramente – sem crendice ou beatice – com um ente Superior. Ora, isto sugere que um elevado nível de compromisso com os seus semelhantes é sinónimo para alcançar um maior desempenho em todos os sectores.

Afinal, os líderes terrenos não são os que mais motivam. Bem pelo contrário.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:01

Janeiro 04 2017

Toda a gente sabe, mas a maioria continua a assobiar para o ar, que vivemos uma época caracterizada pelo descartável e pela euforia do momento. O que tivemos ontem já não vale nada nos dias de hoje e muito menos no amanhã. O relevante é o presente.

Aliás, a teoria da pós-verdade aí está a assentar arraiais e a ganhar foros de cidadania, sem se saber como e sobretudo porquê. A procura pela verdade intrínseca, absoluta, aquela que não oferece dúvidas, já pouco ou nada importa. Dizem-se umas atoardas, manifestam-se uns conceitos estranhos, torturam-se dados e, pior ainda, sem necessidade provar o que quer que seja. Desde que não se possa desmentir é verdade, ou melhor pós-verdade.

Veio-me à memória, esta demagogia futurista, a preceito do estado do país e, sobretudo, do seu muito “poucochinho” crescimento económico. Pudera, quando se dá tudo praticamente a todos não há forma de fugir a tal sina. Os funcionários públicos querem maiores ordenados, menor carga horária e reposição de regalias, tudo bem, conceda-se. Os trabalhadores das empresas públicas de transportes anseiam pela renacionalização destas, tudo bem, defira-se. Os enfermeiros, médicos, professores, psicólogos, advogados e outros que tais reivindicam maior número de lugares na administração pública, tudo bem, outorgue-se. Os reformados pretendem ter acessos a maiores e mais baratos cuidados de saúde, bem como aumento das reformas, muitos dos quais pouco ou nada descontaram para as mesmas, assim como outras regalias, tudo bem, atribua-se. Os “lesados” do BES e de outras instituições bancárias solicitam a devolução dos seus depósitos, quando a larga maioria sabia muito bem onde estava a aplicar o seu capital, tudo bem, pague-se. E a lista podia estender-se quase ad infinitum.

Não é por acaso que reputados economistas têm alertado para a factura que um dia destes iremos todos pagar. É que não aprendemos nada com as crises porque passamos. Por exemplo, sabe-se que voltamos a consumir, essencialmente à custa de crédito, como fazíamos antes de solicitar ajuda à troyka. E a consumir principalmente produtos importados. Daí o crescimento ser tão, tão anémico, isto para não voltar a usar a terminologia anterior. Poupança? O que é isso?

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:46

Agosto 24 2015

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Após estes anos de recessão em que vivemos, com um mercado totalmente contraído e sem grandes expectativas, penso que chegou o momento de encararmos o futuro com algum optimismo. Desde há alguns meses já se ouve falar de indicadores positivos, achando mesmo que actualmente esses indicadores já se transformaram numa efectiva retoma económica. É importante, porém, que não se encare esta retoma com excessiva euforia, bem pelo contrário, i.e., é necessária alguma moderação.

O aumento do crédito ao consumo aí está a demonstrar o que anteriormente foi escrito. Contudo, há que salientar que existe um reverso desta medalha, ou seja o aludido crédito está direccionado sobretudo para o consumo pessoal – carros, electrodomésticos e outros bens, na sua grande maioria importados - e não para as empresas, as quais, como bem sabemos, são as que criam riqueza e principalmente empregos.

Por isso, parece-me que voltámos aos loucos anos dos governos de José Sócrates. Se assim for, só posso acrescentar vade-retro Satanás!

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:30

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