O debate está na ordem do dia. Que haverá novo confinamento a partir da próxima quinta-feira, algo semelhante ao que vigorou a partir de 13 de Março de 2020, ninguém tem dúvida. Aliás, a estranheza é vir com uma semana de atraso, face ao excessivo número diário de contágios que se verifica actualmente. Mas, em Portugal já estamos acostumados, já que mesmo os casos muito urgentes são resolvidos ao ralenti.
Continuando, o debate está na ordem do dia, não devido ao novo confinamento, já que este é unanimamente aceite, mas sim se este se deve ou não estender às escolas, tal como aconteceu com o referido anteriormente. Segundo os especialistas, o Ensino è Distância (E@D) deve ser implementado para o secundário e ensino superior, uma vez que os alunos destes níveis de ensino já são autónomos, não necessitando, por um lado, da companhia dos pais em casa, por outro, dominam completamente as tecnologias.
Vamos ser sinceros, por muito que custe a alguns docentes, i.e., aqueles que eventualmente terão de vir diariamente para as escolas em comparação com os que deixam de vir: Encerrar completamente os estabelecimentos de ensino, obriga a que a maioria dos pais/encarregados de educação tenham que ficar em casa, agravando um enorme abrandamento da economia e a um esforço muito acrescido por parte do Estado nos respectivos subsídios.
Pessoalmente, como docente do secundário, encontro-me dividido entre o sim e o não. Compreendo que é necessário estancar radicalmente o contágio do Covid-19, pelo que ficar obrigatoriamente em casa é, sem dúvida, a melhor opção. Todavia, o E@D deixou-me muitos amargos de boca, tanto a nível da aprendizagem, como a nível, e sobretudo, da avaliação. Então, esta raiou laivos de imensa ironia e/ou loucura. E acreditem que estou a ser muito benévolo.