Todos clamamos por mudanças. Uns apenas na sua vida familiar, outros no âmbito profissional, enquanto outros existem que as clamam no que concerne à política. O elevado ritmo de transformação das sociedades modernas e consequente necessidade de conhecimento e prospectiva da sua evolução, trouxe para o centro das preocupações actuais a questão da renovação.
Com efeito, um dos aspectos estruturantes do desenvolvimento das sociedades tem sido o aperfeiçoamento da mudança. Hoje, em plena era da globalização, uma sociedade moderna e desenvolvida reconhece-se por um modelo de desenvolvimento social e económico onde os processos de aquisição, processamento e disseminação da renovação conducente à criação de alterações societárias, desempenham um papel central na actividade económica, na criação de riqueza e na definição da qualidade de vida dos cidadãos.
A produção e, sobretudo, a utilização de ferramentas de mudança, devem assentar tanto na atenção às necessidades presentes de mudança, como na antecipação de novas práticas e modos de ser-estar. A constituição e posterior desenvolvimento de redes de mudança, as quais podem e devem começar por ser do género micro, são o melhor antídoto contra a exclusão de mutação, exigindo, assim, de cada um de nós uma postura activa e atenta, um papel facilitador e exemplificador dos modos organizativos adequados.
Nos dias que correm quem não tentar prosseguir um período de profunda (re)organização, modernização e inovação, no sentido de encontrar as competências, capacidades, dinamismo e espírito de competitividade que lhe permita responder com qualidade e oportunidade aos desafios que o meio envolvente exige, não alcançará, de modo algum, os referidos níveis de renovação.