O Ensino é daqueles temas envoltos em estigmas e desconhecimento que são rotulados no todo por menos da metade das partes, sobre as quais todos têm opinião, mas muito poucos sabem do que se trata. Estas confusões ideológicas e conceptuais criam imagens difíceis de mudar ou pelo menos de serem ouvidas.
A mudança de perspectiva faz-se como? A mera apresentação de factos, como recentemente os sindicatos de professores fizeram a propósito das últimas colocações, é claramente insuficiente, pois este precedente leva a que não haja informação cabal, mas sim a defesa de posturas baseadas em (pre)conceitos.
Diz o ditado que “onde há fumo há fogo” e apagar o incêndio que recentemente alastrou no Ensino cabe a quem fiscaliza, assim como a quem actua. O associativismo e as instituições são importantes. Contudo, quem está diariamente no terreno não o é menos, bem pelo contrário. Não é demais recordar que não é de um simples fumo que estamos a falar, mas sim de fogo. Misturar estes conceitos é baralhar conversas, utilizar fundamentos sem conhecimento e denegrir a imagem de um sector fundamental.
Quão bacoca é a desvalorização das pessoas que mais contribuem para o desenvolvimento económico e social do país