Antes de mais deixem-me colocar um alerta: nunca gostei de qualquer obra do nobelizado José Saramago. Bem tentei, mas dos três livros deste autor que constam da minha biblioteca não consegui passar das primeiras páginas. Má pontuação, enredo discricionário e, sobretudo, pouco apelativo da imaginação.
Todavia, mercê de uma imprensa esquerdizante – que ainda persiste infelizmente nos dias de hoje -, bem como amigos (políticos) bem colocados, conseguiu vencer, em 1998, o prémio Nobel da Literatura.
Comemora-se, agora, o centenário do seu nascimento. Nas escolas, nos meios de comunicação social, devidamente assessorados pelos nossos políticos, para esse fim devidamente arregimentados, não se fala de outra coisa. Tudo nele foi excelente, com um percurso escolar e jornalístico exemplar, blá, blá, …
Referem até que chegou a dirigir o Diário de Notícias no já longínquo ano de 1975. No entanto, omitem, propositadamente como é lógico, os saneamentos dos jornalistas que efectuou a quem não concordava com a sua linha comunista, mais concretamente com aquilo que o PREC propunha para o país.