Costumo criticar o governo de António Costa. Há muito que se apresenta sem rumo definido, surfando apenas na crista da onda e ondulando ao sabor do vento, qual folha de almo. Limita-se a gerir a crise, não se vislumbrando um rasgo de energia suplementar e muito menos indicando um caminho com princípio, meio e fim. E se num dado momento tem uma ideia digna de nota, é bem certo que a mesma precipitar-se-á no abismo mais profundo no dia seguinte, senão mesmo no próprio dia. Não chegámos ainda ao pântano, mas já estivemos mais longe.
Todavia, verdade seja dita, não está só. A Comunidade Europeia (CE), como se costuma dizer, ultimamente não dá uma para a caixa. Veja-se a questão da tão afamada “bazuca” que tarda chegar e se chegar será talvez uma mera vitamina. Vá lá, dou de barato que seja, quanto muito, um antibiótico. Mas, o mais grave é a questão da vacina contra a Covid-19. Um autêntico desastre, uma completa desarmonia. É mesmo pura incompetência. Fizeram acordos, mas como não avançaram previamente com o “pilim” as farmacêuticas fazem dela (e de nós) gato-sapato.
Por exemplo, os USA, para além de uma injecção brutal de capital, sem demoras e/ou burocracias, na carteira de cada americano, tem neste momento quase metade da população vacinada, nós vamos nuns míseros 3% (com as duas tomas). Resultado: enquanto o consumo nos Estados Unidos dispara e faz acelerar exponencialmente a economia, nós marcamos passo e continuamos a discutir o sexo dos anjos.