São estórias infindáveis e andam na boca de toda a gente, apesar de alguns falaram por falar. Corrupção, escândalos financeiros e sucessivas narrativas separadas apenas pela palavra “alegadamente”, que, cada vez mais, sabem e sobem a sentenças em praça pública.
Mais uma vez – será a nossa sina? – terminamos o ano rodeados de capas de jornais e notícias de processos envolvendo os mais conhecidos nomes de pessoas e de organizações. Elencar é fácil: casos BES, BANIF, Vistos Gold, Sócrates, entre tantos outros.
Neste ruído intenso que nos perturba e afecta a confiança o que sobressai é a palavra ÉTICA. Uma palavra antiga de origem grega que significava – propositadamente utilizo o passado como forma verbal – bom costume ou portador de carácter. Aliás, um conceito entre a moral e a lei abordado extensivamente pela filosofia, mas que nunca fez tanto sentido recordar. A ética deve ser o garante da sustentabilidade entre o homem e a sociedade. É individual, mas comporta-se como um todo. Tem consequências e reflecte-se na organização da sociedade.
Nos casos em que a ética é ignorada, isso acarreta implicações que podem ser devastadoras, tanto na hora como a médio e a longo prazo. É um dos assets mais valiosos, uma característica que transforma pessoas e que contribui definitivamente para o seu sucesso. É, enfim, um valor que se trabalha e é posto à prova, mas que se entranha no nosso ADN quando acreditamos na sua importância, tornando-se um verdadeiro guia de actuação do nosso dia-a-dia.