O meu ponto de vista

Janeiro 15 2018

Apesar de muitas vezes se ouvir dizer a propósito de qualidade “… não se canse que não vale a pena. Isso é uma moda e como tal há-de passar”, a experiência, todavia, demonstrou-nos que tal assim não era e a qualidade, ao contrário do que muitos previam, foi-se afirmando progressivamente como uma abordagem capaz de dar resposta ás necessidades das organizações e das pessoas, contribuindo significativamente para a melhoria do seu desempenho.

Contudo, no sector de ensino, os docentes questionam-se, hoje-em-dia, se de facto a qualidade continua a ser este meio de diferenciação, esta forma de agregar valor, capaz de se constituir como uma resposta eficaz em termos de futuro. Olhando para o passado, é possível perceber que os vários estádios de maturidade pela qual a qualidade no ensino foi passando – entrega, dedicação, controlo e, sobretudo, garantia de progressão – foram também formas cada vez mais abrangentes e pragmáticas de dar resposta aos desafios instrucionais que ao longo do tempo se foram colocando.

Ora, quando o Ministério da Educação dá, muito recentemente, instruções às escolas afirmando «no dia 1 de janeiro de 2018 é retomada a contagem do tempo de serviço para progressão na carreira» e que «continuam a ser descontados os períodos compreendidos entre 30.08.2005 e 31.12.2007 e de 01.01.2011 e 31.12.2017» é evidente que não está nada interessado na qualidade do ensino. Bem pelo contrário.

Como é evidente, também os sindicatos com o emparelhamento que têm feito com a tutela contribuem - e não é pouco - para o desbaratar da dita qualidade. Aliás, adianto que a posição destes me surpreende muito mais que a do ME. Este, sem força e muito menos com garra, dobra o joelho às Finanças. De outra coisa não estávamos à espera. Os sindicatos, porém, por quem acham que dobram os sinos?

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:27

Outubro 30 2017

Ainda que o rejuvenescimento da nossa economia não seja coisa para pasmar, há, porém, vertentes em que se conseguem encontrar vias alternativas para aliviar os cortes impostos pela austeridade. Um dos sectores que teve luz verde para avançar, sobretudo, nos dois últimos anos, foi o da função pública, uma das áreas basilares e uma das primeiras a sofrer as agruras daquela.

Precisamente porque se sente a preocupação de uma larga fatia dos cidadãos em salvaguardar o acesso à reposição do que lhe foi espoliado é que o descongelamento da carreira dos funcionários públicos está na ordem do dia.

Todavia, este desejo tem esbarrado com a pretensão do governo em não contabilizar aos professores o tempo em não progrediram, ao contrário do que pensa fazer com todos os outros funcionários públicos. Hoje, não por acaso, o CM noticiou que se a todos os professores fosse descongelada a progressão, com a reintegração nos escalões a que verdadeiramente têm direito, tal custaria cerca de 600 milhões de euros, i.e., tanto quanto custa a reposição de todos aos outros funcionários públicos.

Ora, não havendo dinheiros para todos, os professores ficam a zero, enquanto os outros progridem.

Isto é de bradar aos céus. Ou há dinheiro e todos comem ou não existe e, então, o mal é dividido pelas aldeias.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:28

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