O meu ponto de vista

Novembro 03 2020

Todos, sem excepção, em cada instante temos uma posição mais ou menos conhecida, mas de modo algum rigorosa. Sim, uma vez a nossa posição – falo do carácter e da ética - não poder ser medida em centímetros, nem decímetros ou até nem em metros.

É verdade que, e ainda bem, não dispomos uma tecnologia de vanguarda que actualize constantemente os dados relacionados com as “infra-estruturas” humanas que nos rodeiam. Por isso falhamos tantas vezes? Sim e ainda bem. Navegamos à vista e ninguém possui GPS que nos possa guiar, de forma óptima, por esta ou outra via.

Avançamos e recuamos constantemente. Mente quem diz que sempre seguiu o mesmo caminho. Fazemos ziguezagues constantes e muitas das vezes damos um passo è frente para a seguir dar dois passos atrás.

Por outro lado, aquele que diz ter sido sempre coerente ou é santo ou não viveu. Mentir e/ou ser incoerente todos fazemos. O que nos distingue é o grau e mesmo este é relativo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:17

Março 15 2016

Vivemos tempos difíceis, onde a incerteza é a coisa mais certa. Há falta de carácter junta-se a inexistência de confiança, já que uma está interligada à outra. E sem confiança não há segurança. E sem segurança não há investimento. E sem investimento não há progresso. E sem progresso aumenta o desemprego, o compadrio e a mentira. E com estas surge a desconfiança. E …

Parece um jogo, qual pescadinha com o rabo na boca. Mas infelizmente é muito mais que isso. É a nossa sina, o nosso fado. Espero somente que o bom senso prevaleça, agora que temos um novo Presidente da República. Espero que a ausência de carácter – eventualmente obnubilado por uma falsa ideia de poder absoluto – não venha a deitar todo o sacrifício a perder.

É o velho ditado que “quem tudo quer tudo perde”. Todavia, até lá, quem perde somos nós todos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:03

Fevereiro 15 2016

Todos falamos, uns mais que outros é certo, mas todos, repito, falamos de democracia, apesar da maioria não saber a sua origem. Porém, na generalidade, conhecem o seu significado.

A palavra “cracia”, de origem grega, exprime a noção de governo, de poder. É uma qualificação do poder vigente. Democracia, por isso, significa literalmente “governo do povo”.

Outra palavra muito em voga nos dias de hoje é “ética”. Esta também de origem grega, mais precisamente de ethos – o que pertence ao bom costume, ao costume superior ou portador de carácter – não se traduz na palavra teocracia, que está ligada ao governo da moral, sendo que moral e ética não são extactamente a mesma coisa. Aliás, a moral, infelizmente, anda um tanto e quanto fora de moda e, por seu lado, a ética quase se encontra esgotada nas suas múltiplas definições.

Comummente as pessoas afirmam que a democracia tem a ver com a possibilidade de efectuar, em liberdade, as escolhas que os vários ditames da vida em sociedade ditam. Porém, é necessário perceber que o facto da maioria das pessoas escolherem livremente algo, não faz desse algo o melhor. Para ilustrar tal, veja-se o referendo entre Jesus e Barrabás. Por isso, não sendo o “melhor”, é provavelmente o mais justo.

Posto isto, então, talvez a democracia deva evoluir para uma demo-etocracia, i.e., um governo do povo detido por pessoas portadoras de carácter.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:35

Novembro 04 2013

Os cenários de dumping social mascarado em que se transformam algumas apreciações do trabalho realizado pelos outros, na ilusão de um escoamento das suas próprias frustrações, acentuam a tendência para a desregulação da sã convivência e jamais atingirão os objectivos pretendidos, ou seja, “deitar abaixo” a qualquer preço o esforço e dedicação daqueles.

As facilidades concedidas, em termos de plateia auditiva e, sobretudo, contemplativa, garantem apenas aparências de apreciações, aliás muito transitórias, como é lógico, e que rapidamente se transformam num ciclo de problemas e num crescendo de mau-estar.

Facilitar este estado de coisas, desvalorizando o empenho e zelo é também uma forma de empobrecer tudo e todos. Sem que ninguém, nem mesmo aqueles que julgam, num primeiro momento, estar a ganhar – como é o caso daqueles que, por muito mal que façam, acham sempre que tiveram ou têm uma razão para tais actos – beneficiam com este erro.

Todos saímos a perder, inclusive os que julgam que conseguirão passar sempre por entre os pingos da chuva. O preço irá sempre ser cobrado, sendo certo que uns pagarão, senão neste mundo, pelo menos no Além, mais que outros.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:54

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