Os tempos que correm, senão são um pântano para lá caminham. A vida pessoal da maioria das pessoas é ditada pelo salve-se quem puder. Rotinas, atrás de rotinas, num confrangedor corre, corre, sendo que jamais chegará a destino algum e muito menos concretizando objectivos almejados.
Então a política, sobretudo para aquela minoria, cada vez mais restrita, que ainda se interessa por tal, é de bradar aos céus. Para qualquer lado que nos possamos virar quando não se instala, de imediato, o nojo, bem perto ficamos. Em tempos, infelizmente muito recuados, uma notícia dum jornal, duma rádio ou da televisão não sendo sagrada muito perto estava. A confiança era quase total, quando não era a 100%, pois raramente havia um desmentido. E, atenção, não estou a falar do tempo da “outra senhora”! Hoje, quando ouvimos, lemos e vemos algo nos media, a primeira sensação é de indagar se tal é verdade ou mentira. Os interesses instalados são tão fortes e poderosos que a manipulação passou a ser uma arma perfeitamente banal. Não se olha a meios para atingir os fins.
O BE acha que ser classificado de extrema-esquerda é uma afronta. Pergunto: se eles não o são, quem será? Todos sabemos que se existe extrema-direita, e eles são os primeiros a apregoar isso, então, sem margem para dúvidas, o contrário também existe. Olhamos para o PSD e este até parece um saco de gatos, uma vez a engalfinhação ser constante, ao mesmo tempo que se colocam em bicos de pés, quais primas-donas. O PS/governo andam permanentemente em campanha eleitoral. Agora, sim, é que se reconstruirão escolas, se edificarão novos hospitais, haverá comboios aos pontapés e infraestruturas a rodos. Colocam-se novas pedras, fazem-se inaugurações do que já tinha sido, etc., etc. E a comunicação social, sem qualquer espírito crítico, embarca na onda. Das restantes forças políticas nem vale a pena falar.