O meu ponto de vista

Fevereiro 05 2024

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Com toda a sinceridade afirmo que muitas vezes os meus inimigos já tentaram abater-me. Não conseguiram. Não esqueci, mas o que lá vai, lá vai. Contudo, também é verdade que já fui assassinado um ror de situações por amigos. Estas situações, sim, é que custaram imenso. E não olvido.

Por outro lado, também em diversas circunstâncias desamores houve que tentaram trucidar-me. Felizmente não alcançaram esse objectivo. Porém, difícil, difícil foram as facadas dadas nas costas pelos amores. Como recordo de todos estes. E se aqui escarrapachasse os nomes?

Igualmente, em momentos distintos, familiares mais ou menos chegados já tentaram liquidar-me. Umas vezes de frente, outras pelas costas, mas, quer num ou noutro, sem sucesso. Posso não me lembrar de outros factos, mas destes memoro e bem.

Não pretendendo, independentemente das circunstâncias, qualquer forma de vingança, apenas direi que o anúncio da minha morte foi e continua a ser manifestamente exagerada.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:26

Maio 29 2022

Ontem, depois da missa vespertina, participei activamente na procissão em honra de Nª Srª de Fátima, a qual percorreu as ruas do lugar e que terminou pelas 22h30. Estava muito calor e o peso da Cruz originaram que terminasse o préstito completamente alagado em suor. Em boa verdade, não foi tarefa fácil, mas foi um acto cheio de emoção.

Bem, a situação hoje foi completamente diferente. Convidado para um sarrabulho à moda da Bairrada, pelas 13h00 já estava à mesa. Feito de um modo diferente, pois a batata cozida com a pele foi servida à parte, o certo é que estava maravilhoso. O vinho tinto caseiro, essencialmente feito à base da casta baga, com três anos de estágio em barrica, teve nota máxima.

É o que vale ter bons amigos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:27

Agosto 13 2020

Todos procuramos empreendedores, principalmente entre os amigos, que pertençam a grupos inovadores e, sobretudo, seguros de si mesmos. Por princípio, não procuramos, de imediato, vantagens com tal busca, mas é por demais conhecida aquela máxima que até no Inferno é bom ter amigos. Pertencer a um grupo vencedor, poder andar de braço dado com alguém “mais ou menos importante” é, por muito que hipocritamente não o queiramos admitir, retorno garantido.

Fruto da nossa dimensão, cuja medida é sempre relativa e deve ser sempre feita pelos outros, o know-how e a estratégia que implementamos no dia-a-dia deve oferecer soluções únicas para “conquistar” os outros, entregando-lhes o que de melhor temos. Não falo de finanças e/ou poder, mas sim de rentabilidade assente numa estabilidade emocional, característica que tem levado imensas pessoas a apostar noutras que, para além de não se envergonharem do seu passado, acima de tudo não o renegam. É que só assim se terá futuro.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:34

Junho 30 2020

Existem momentos na vida de uma pessoa, os quais só quem os vive sabe devidamente apreciá-los. São dias, semanas, por vezes meses, em que a vida parece suspensa. Tudo sabe a pouco, muito e/ou mesmo nada. Não se caminha autonomamente, é-se conduzido qual co-piloto ou pendura, quase sem vontade própria. No fundo, atreveria a dizer que não se vive, sobrevive-se apenas.

Como se consegue ultrapassar tal estado? Não vale a pena aludir àquela frase chavão, apesar de verdadeira, i.e., fazendo das tripas coração, mas sim com a ajuda do Altíssimo, isto para os crentes. Para os restantes, o recurso a forças positivas, a karma radioso ou a forças yin vs yang, com toda certeza que ajudam.

Perguntarão: e a família e os amigos? Primeiro há família e família, tal como existem amigos e amigos. Nem todos os familiares são determinantes, o mesmo se passando com os amigos. Como se costuma dizer, familiares e amigos conhecidos há muitos, confiantes há poucos. Mais: existem aqueles que apenas respiram para sugar o esforço alheio e, ainda por cima, falar mal.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:08

Novembro 22 2019

Fosc@-se. Não há direito. Então, só eu não tenho nenhuma grande herança, surgida à ultima hora, e guardada num cofre? Vejam o caso de José Sócrates, há cerca de um mês, e agora da sua ex-mulher, Madalena Fava. Porr@, para azar meu, os meus progenitores nem cofre tinham.

Por outro lado, lamento andar e, sobretudo, ter andado a pedir ajuda aos amigos e … nada, enquanto outros existem que declaram, perante a justiça, que jamais pediram ajuda. Pura e simplesmente, os amigos fizeram questão - até levavam a mal o contrário - de os ajudar. Quem proferiu esta afirmação? O ex-primeiro-ministro socialista, está claro.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:33

Agosto 02 2019

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Sim, bem sei que não vos disse nada. Sim, confirmo que já estou de férias e por isso, de certa forma, vos abandonei. Mais: aviso, desde já, que assim vou continuar. Para alguns de vós será um alívio, enquanto para outros – poucos é certo – chorarão lágrimas de crocodilo por não terem de ler o que tanto mal-escrevo. Estou a ser modesto, mas hoje e sempre assim fui!

Já agora, a que propósito tinha de vos dizer que ia de férias? Acham que não tenho mais nada que fazer? Por amor da santa, já sou bem crescidinho para não dar satisfações a ninguém.

Aliás, pouco ou nada tenho a dizer. Dir-me-ão que é sempre assim! Peço-vos, porém, que não afiem já as facas. Ter a família e os amigos por perto – abro um parêntese para dizer que os inimigos ainda mais -, ter o contacto com a natureza, dizer não ao que costumo dizer sim e sobretudo procurar nas memórias de infância a paixão e dedicar mais tempo aos meus hobbies preferidos é o resumo. Por outras palavras, o descanso e bom trato, bem como a procura da felicidade estão assegurados.

Todos temos um jeito para sermos felizes. É só necessário aproveitar cada bocadinho da vida e olhar para o lado positivo, mesmo nas ocasiões em que não se vê a ponta dum c…

publicado por Hernani de J. Pereira às 23:29

Julho 17 2018

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Ainda que tímido – estou a ser benéfico na apreciação – o Verão chegou e com ele o sol. É lógico que depois de um ano inteiro a trabalhar a esmagadora maioria esteja ávida de férias. E quando se fala de férias, fala-se de pouco ou nada fazer, passear, apreciar a gastronomia, disfrutar da companhia daqueles que mais gostamos e, sobretudo, para aqueles que apreciam, de praia.

Então, para aqueles que, como eu, o final de ano lectivo tem sido uma verdadeira maratona em termos de trabalho – somente os que são ou foram directores de um curso profissional a nível do 12º ano conseguem dizer de sua justiça -, as férias até parece que nunca mais chegam.

Ora, tanto quanto me é dado a saber, em termos de praia, este ano, somente o Algarve satisfaz minimamente. Por este motivo, mas também por hábito, lá para o final deste mês rumarei a sul. Serão apenas quinze dias, mas estou certo de que virei com as baterias carregadas. Pelo menos assim espero.

Comer bom peixe, ler diariamente o jornal, estar horas e horas na praia sem quaisquer preocupações, saborear uma cerveja ao final da tarde, passear por trilhos, percorrer salinas, conviver com a família e amigos, muito haverá por descobrir em terras algarvias.

Por tudo isto, não embarco em loucuras de levar a greve dos professores até às últimas consequências. Fiz greve, colaborei na luta, mas agora chega. Estou cansado e, nessa ordem de ideias, quero colocar um ponto final nas actividades escolares do presente ano. Mereço e principalmente a minha família e amigos têm direito a granjearem da minha companhia.

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:51

Dezembro 17 2015

A famosa máxima de Ortega y Gasset "o homem é o homem e a sua circunstância" nunca se aplicou tão bem a alguém como a Sócrates. Independentemente de tudo o que se tem dito e redito sobre esta personagem, a verdade é que não lhe faltam seguidores prontos a jurar pela sua inocência, por muito dúbios que sejam os múltiplos casos em que se encontra envolvido.

O homem, nos anos setenta, é engenheiro técnico civil na CM da Covilhã e assina os projectos de uns mamarrachos que, nem de perto nem de longe, viu. E qual o problema? Perguntam, de imediato, os apaniguados. Se fossem a responder, perante a justiça, todos os que neste país fizeram algo semelhante os tribunais não fariam outra coisa.

O homem, mais tarde, tenta terminar a licenciatura na extinta Universidade Independente, o que faz ao domingo (!), com toda uma série de jogadas rocambolescas, levando o Ministério Público (MP) a concluir que aquele grau académico é ilegal, mas não avança (!!) com o pedido de nulidade, uma vez que, sustenta a respectiva a procuradora, tal pode colocar em causa o princípio da confiança e no facto de o antigo ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariana Gago, para salvaguardar os interesses dos alunos, ter sanado todas as eventuais ilegalidades na atribuição dos diplomas daquela instituição, quando a encerrou compulsivamente em Outubro de 2007. Nada de anormal, responderão os seus indefectíveis. José Miguel Relvas também se licenciou de forma nada transparente e está aí para as curvas. Acontece, porém, que por via disso se demitiu e, neste caso, o MP se prepara – e bem, acrescento eu - para lhe cassar o dito canudo.

O homem perde as eleições em 2011 e decide ir, juntamente com os filhos, viver para Paris. Ele para tirar um mestrado na prestigiada Sorbonne, os filhos para concluírem o ensino secundário numa escola internacional, gastando, deste modo, cerca de 1 000 000 de euros (!!!). As contas são dele e dizem respeito a empréstimos feitos na CGD e a dinheiro que a mãe lhe deu. No final deste episódio, tem a desdita, sem sequer corar e com o ar mais humilde do mundo, de perguntar onde é que aprofundar os estudos na capital francesa e os seus filhos aí estudarem num dos colégios mais caros é vida luxuosa. Claro que os seus correligionários, mais uma vez, não vêm qualquer problema e até aplaudem.

O homem vive, de graça, num apartamento em Paris, avaliado em cerca de 4 000 000 de euros, emprestado pelo seu amigo Carlos Santos Silva, o qual também paga férias, a si, aos seus familiares e amigas, envia envelopes cheios de dinheiro, solicitados através de palavras enigmáticas, tais como fotocópias, aquilo de que gosto, milho, de entre muitas outras, e nada de insólito vêm os seus seguidores.

O homem, entretanto, edita um livro que é comprado a mando dos seus amigos, principalmente do citado anteriormente, de modo a subir em flecha ao primeiro lugar dos mais vendidos, e aos seus partidários isto não lhes causa qualquer estranheza.

O homem veste e calça diariamente Giorgio Armani e Hugo Boss, afirmando-se socialista e defensor dos mais desprotegidos, e nenhum dos seus assertores se desmancha a rir quando faz a sua defesa.

É caso para dizer: bendito homem que tal pureza apresenta, contando, para além disso, com tão magnânimo amigo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:46

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