Foi o princípio de tudo! Todos se recordam como tudo começou. A duplicidade de trabalhar como indivíduo mas também como equipa, aceitar e partilhar o processo criativo foi um desafio estimulante. Com muito profissionalismo, enfrentando contrariedades diversas, procurando o melhor conseguiu-se atingir o equilíbrio, obtendo-se, no final, uma sensação de bem-estar e serenidade muito grande.
Sim, é verdade! Procurámos ir sempre além daquilo que estávamos obrigados, proporcionando respostas ecléticas para as questões que nos eram colocadas. Acima de tudo, éramos muito exigentes e apaixonados pelo nosso trabalho. Prezávamos muito a precisão e, para além disso, o rigor.
Colocávamos no nosso trabalho muita emoção. Tentávamos constantemente ser verdadeiros e criar um misto de espectacularidade e simplicidade, sabendo que tais conceitos, numa primeira análise, não combinam. Quando atingíamos tal – e foram muitas as ocasiões – sabíamos que estávamos no caminho certo.
Foi uma experiência incrível, apesar dos erros cometidos. E cometemo-los porque, sem receios ou tibiezas, jamais navegámos ao sabor da espuma das ondas. Bem pelo contrário, sempre enfrentámos as tempestades, pois, já lá diz o ditado, quem não as enfrenta, mais cedo ou mais tarde, acaba por soçobrar.
Não inventámos nada. Apenas trabalhámos muito, pois tínhamos a noção da dimensão do quanto estávamos expostos. Aliás, quando, hoje em dia, se fala tanto em racionalização dos recursos e contenção financeira, é salutar observar que há cerca de seis anos já o praticávamos. Tivemos razão antes do tempo. O presente, e melhor ainda o futuro, reconhece tal.
Acredita, foi um prazer e, sobretudo, foi uma grande honra. Obrigado por tudo.