Todos sabemos que os políticos dizem hoje uma coisa e amanhã, sem corarem, afirmam precisamente o contrário. E ai daqueles que que os contestarem, achando, muito naturalmente, que entraram em contradição.
Por exemplo, Fernando Medina, presidente da CM de Lisboa e destacado socialista, afirmou que “uma lei que dá a um único município o poder absoluto de condicionar uma infra-estrutura nacional, nomeadamente o caso do novo aeroporto do Montijo, é desadequada e não é proporcional. É uma lei feita fora do tempo“, acrescentou.
Todavia, há uns dias declarou que ”os voos nocturnos não irão voltar a ser praticados no aeroporto Humberto Delgado. Esclareço que os voos durante a noite foram proibidos no aeroporto de Lisboa há apenas umas semanas, devido a obras no local. "Reafirmo a minha total e completa oposição a que, no momento da finalização das obras atuais, se venha a registar qualquer retomar da realização de voos nocturnos em condições sequer próximas da grosseira ilegalidade da situação que se vivia previamente a este período", asseverou na reunião da Assembleia Municipal.
Na questão do novo aeroporto do Montijo, não pode, na opinião daquele autarca e de muitos socialistas, haver alguém a contestar. Quanto ao aeroporto situado na capital, o caso muda de figura.