Pois é. Sempre assim foi e sempre assim será. Morto por ter cão, morto por o não ter. Podia usar outros adágios similares para atingir os mesmos objectivos, mas não fortifica a finalidade, uma vez que o relevante é a ideia substancial que está na génese do que quero transmitir.
Todos reclamamos - bem, todos não é verdade, uma vez que alguns, pelo menos os mentores das associações de pais, pensam o contrário - por um ano lectivo mais curto, e com a duração de períodos mais homogénea, já que está provado que somos, a nível europeu, senão o que mais dias de aulas temos, pelo menos uns dos que mais têm. Aliás, não nos podemos esquecer que dar mais do mesmo não é solução alguma. Esta está, sim, na diferenciação de metodologias e, sobretudo, na assiduidade.
Ora, quando o poder político, apesar de tal medida poder cheirar a algum eleitoralismo - quem estiver sem pecado que atire a primeira pedra -, vai ao encontro das preocupações dos principais agentes educativos, i.e., por exemplo, iniciar o ano lectivo – p.f. não confundir com ano escolar – em 21 de Setembro em vez do habitual 14, eis que toda a esquerda, fundamentalmente a “caviar”, gritam «aqui d’El Rei» que não pode ser e clamam pela presença de Nuno Crato na AR a fim de dar explicações.
Sinceramente, não há pachorra para tais desmandos!