O meu ponto de vista

Abril 25 2023

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Hoje, houve quem participasse activamente em manifestações, houve quem honrasse o dia em termos discursivos, tenham sido eles com ou não conteúdo, tenham sido ou não demagógicos ou populistas, houve outros, não tão poucos assim, que optaram por passar o dia na praia, houve ainda quem escolhesse única e simplesmente o passeio e/ou descanso.

Eu, porém, homem de Abril, optei por passar o dia a capinar vinhas. Não para mim, mas para pessoa amiga que, face ao excesso de serviço agrícola, apresenta afazeres com cerca de dois meses de atraso.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:27

Novembro 25 2022

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Passam hoje 47 anos sobre o dia 25 de Novembro de 1975. Esta data é importante? É claro que sim, sobretudo, para esclarecimento dos mais novos. Todos ou quase todos sabem o que se comemora quando se fala do 25 de Abril. E a primeira ideia que a esmagadora maioria ressalta como fruto desta data é a liberdade.

Contudo, poucos sabem que se não fosse o 25 de Novembro, o mais provável era vivermos numa espécie de Cuba europeia, senão mesmo em algo semelhante à Coreia do Norte. É absolutamente necessário relembrar que nessa altura tínhamos um Presidente da República, Costa Gomes, que jurava que nunca seríamos uma social-democracia, tal como tínhamos um líder comunista, de seu nome Álvaro Cunhal, o qual prometia a todo o momento que jamais seríamos uma democracia parlamentar.

A memória não pode ser selectiva.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:53

Novembro 25 2019

Se o 25 de Abril é mais importante que o 25 de Novembro? Não sei, pois tenho muitas dúvidas. Uma coisa é evidente, sem o 25 de Abril a segunda data, tal como a comemoramos, não teria existido. Mais: no primeiro evento ninguém morreu, enquanto na segunda efeméride foram cobardemente assassinados dois militares (comandos).

Para os mais novos, em 1975 vivíamos uma deriva totalitária, comandada sobretudo pelo PCP, a qual pretendia estabelecer, neste rectangulo à beira-mar plantado, uma Cuba europeia. Daí a importância capital do acontecimento que hoje se comemora. A ele devemos a liberdade que hoje tanto proclamamos. A verdadeira reposição dos ideais de Abril foi efectuada há 45 anos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:13

Abril 25 2019

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Adoro o 25 de Abril. Todavia, não gosto menos do 25 de Novembro. Vivi intensamente as duas datas e, por isso, sei do que falo.

Se um nos deu a liberdade, o outro devolveu a democracia.

Viva PORTUGAL.

 

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:23

Abril 25 2017

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Não andei de cravo vermelho, nem na lapela nem na mão, mas colhi, no meu quintal, uma bela alface para acompanhar o almoço. Sim, passei o dia inteiro na agricultura, uma vez que nas zonas rurais este é um dia de trabalho como foi o de ontem e como será o de amanhã. Com esta atitude não pretendo criticar quem optou por passar o Dia da Liberdade em manifestações públicas. Cada um comemora conforme muito bem entende. É a Liberdade!

Neste dia fico sempre chocado por constatar termos conseguido o mais difícil – a conquista da Liberdade -, falhando, porém, na construção de um enquadramento propício ao seu aproveitamento, ou seja, um ambiente em que do ponto de vista fiscal, jurídico, económico, entre outros, todos pudéssemos prosperar de forma saudável, acolhendo e beneficiando do activo que representou a geração pós-25 de Abril.

Séneca dizia “não nasci destinado a nenhum lugar: a minha pátria é o mundo inteiro”. Todavia, estou certo, que se referia a outra dimensão humana.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:44

Abril 29 2014

Por muito que se diga que o 25 de Abril não tem donos, manda a verdade dizer que algumas pessoas, embora poucas, pensam exactamente o contrário. Tal como alguns “bem pensantes” são de opinião de que a preocupação com a justiça social é primórdio absoluto da esquerda, igualmente outras tudo fazem para dar a entender que o 25 de Abril é fruto único de alguém que era ou gravitacionava em redor do PCP.

E isto não é nenhuma invenção, uma vez que a prática demonstra-o. Quando olhamos, no átrio de entrada de uma escola, um cartaz feito a propósito da comemoração do 40º aniversário dos cravos e damos de caras com as figuras aí representadas – Ari dos Santos, Zeca Afonso, Álvaro Cunhal e Salgueiro Maia -, os quais com excepção deste último que jamais se deixou instrumentalizar, todos apregoavam não a democracia democrática, pluralista, respeitadora do Estado do direito, mas sim a designada democracia popular, pela qual tanto lutaram e que não fora o 25 de Novembro de 1975 – um autêntico segundo 25 de Abril – teríamos sido o satélite mais ocidental da ex-União Soviética. Naquele cartaz, marcadamente ideológico, só falta esse excelso lutador da classe trabalhadora, pugnador da união de todos os operários e camponeses – leia-se proletários - que foi Vasco Gonçalves e a legenda “Força, força companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço”.

É, deste modo, que se ideologiza a juventude, num determinado sentido, é claro.

Onde estão as referências a Mário Soares, Salgado Zenha, Sá Carneiro, Melo Antunes, Marques Júnior, Spínola, Ramalho Eanes e tantos outros, estes, sim, verdadeiros lutadores por uma democracia sem medo, onde em bom rigor, hoje-em-dia, pode não haver pão para todos, mas existe efectiva paz e liberdade?

E se não existe comida na mesa de todos os portugueses, muito se fica a dever aos desvarios de uma certa esquerda que, sem um pingo de vergonha na cara, achou e continua a achar que devemos continuar a gastar mais do que aquilo que produzimos. Isto, de modo algum, desculpa alguma direita, trauliteira e populista, cuja fuga de capitais é algo que acham perfeitamente normal promover.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:12

Abril 25 2014

Hoje, mais um aniversário do 25 de Abril se comemorou: o quadragésimo. O tal de que alguns tanto falam e que a maioria não liga nada. Os primeiros por sede de protagonismo ou porque perderam aquilo que, por engano, em tempos acharam que tiveram; os segundos porque decepcionados com a grande maioria dos nossos políticos, muitos dos quais se colocam hoje em bicos de pés, acham que não vale a pena comemorar algo que, ao longo das últimas quatro décadas, apenas os foi desiludindo dia após dia.

Importa, porém, no rescaldo deste dia, após a enorme polémica que ultimamente estalou, apurar a quem pertence o 25 de Abril. Ora, ainda que mal comparado, tal peleja faz-me lembrar a velha questão que há dois mil anos se colocou, i.e., se Cristo era de Pedro, de Paulo ou dos nazarenos. A resposta, deveras muito simples, foi dada pelo próprio Paulo quando afirmou “Cristo é dos homens de boa vontade”.

Nesta conformidade, o 25 de Abril não é de Otelo, o que queria fazer do Campo Pequeno um campo de concentração, nem de Vasco, seja ele Lourenço ou Gonçalves, este com vontade de fazer de Portugal a Cuba da Europa, e muito menos é de Mário Soares, por muito peso que tenha tido na democracia portuguesa – que o diga a tartaruga que montou na celebérrima viagem às Galápagos (Seicheles) !!!.

Na verdade o 25 de Abril não é de ninguém e é de todos. Por isso, viva o 25 de Abril: ontem, hoje e sempre.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:31

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