O outro dia, num consultório médico, folheando uma revista - não do género cor-de-rosa, felizmente -, da qual não retive o nome, deparei-me com uma pequena notícia em que narrava mais ou menos isto e cito de cor: uma determinada empresa instalou junto à porta de saída um pequeno aparelho com uma tecla verde e outra vermelha, tendo por baixo uma simples questão: como correu o seu dia?
O aludido sistema tinha e tem, pois presumo que ainda esteja em funcionamento, como objectivo principal coligir, em tempo real e de forma acessível, a informação dos colaboradores que, voluntariamente e no final de um dia de trabalho, clicam nos botões, quanto ao seu grau de (in)satisfação e bem-estar durante a sua jornada laboral.
Bem sabemos que a necessidade de uma cultura de gestão cognitiva e instrumental, traduzida em objectivos, procedimentos e resultados, é inquestionável. Todavia, é importante recordar que o sucesso da organização/instituição depende não só dos comportamentos mas sobretudo da cultura emocional destas, i.e., dos sentimentos e afectos que suscitam nos funcionários.
Imaginem, caros leitores, tal aparelhómetro instalado à saída de cada uma das nossas escolas. Pelos últimos estudos vindos a público – vide http://www.cnedu.pt/pt/noticias/cne/1153-estado-de-educacao-2015, só para citar um – o resultado, na larguíssima maioria, seria uma autêntica onda encarnada.