Não existe ninguém que não goste de ser bem recebido. Aliás, é dos livros, que o primeiro encontro, a primeira recepção, o primeiro cumprimento e/ou olhar são fundamentais para o futuro das relações entre seres humanos.
Não há nada como deambular um pouco ao acaso, conhecer um pouco melhor, senão todos, pelo menos a maioria dos locais do mapa e verificar que há, em cada canto, sempre algo para descobrir, seja na arte de bem receber, na gastronomia que nos é servida, naquela paisagem inolvidável que jamais esquecemos ou ainda nos momentos que passámos com esta(s) ou aquela(s) pessoa(s).
Somos o que somos, fruto da depuração de gerações que nos antecederam, mas também – e, sobretudo, acrescento eu - do nosso esforço constante de mutação. Somos história e lugar de estórias. Todavia, tal não nos proporciona, à priori, a nobreza de carácter, i.e., o berço não nos lega o porte, a elegância, o requinte e muito menos a honestidade para reconhecermos os nossos erros e as nossas desvirtudes. Estas características conquistam-se - desculpem-me o modo menos prosaico - pela raça e, principalmente, pelo querer. O privilégio de ser envolvente e sedutor, apesar de ter algo de genético, aprende-se e cultiva-se diariamente.
Um ambiente em que se proporciona terra fértil, por onde se alongam riachos e ribeiras, não pode conviver com um quase deserto, onde a maioria da vegetação de reduz praticamente a cactos e outras plantas silvestres.
O que faltará para a existência de motivos de interesse comuns? O amor à vida e, fundamentalmente, aos outros, na qual deve pautar o rigor, a qualidade, a simplicidade, a sustentabilidade e, especialmente, a procura da excelência.