Segundo DN-online de hoje, “alunos do 5.º ano de escolaridade da Escola Básica Francisco Torrinha, no Porto, terão recebido uma «ficha sociodemográfica», onde é perguntado se sentem mais atraídos por homens, mulheres ou ambos. O Ministério da Educação abriu um inquérito para investigar a situação. A imagem do inquérito tornou-se viral nas redes sociais, suscitando centenas de comentários a condenar as questões.
«O Ministério da Educação não conhecia o inquérito em questão. Sabe-se para já que é um caso isolado e está a apurar informação junto do estabelecimento escolar em causa», revela ao DN o gabinete de comunicação do Ministério da Educação.
Ora, não se sabe se tal questionário foi de iniciativa de um único professor, de um grupo ou da escola inteira. Independentemente do que não se sabe, o certo é que se trata de uma estupidez. Perguntar a alunos, alguns de nove, repito nove anos, é prova de ausência do mínimo bom-senso. Para mais numa época em que todos e mais alguns, desde que usam fraldas, usam e abusam do telemóvel. Como seria de esperar, um deles, pelo menos, fotografou o dito documento e o respectivo encarregado de educação encarregou-se de espalhar tal pelas redes sociais.
Continuo a dizer o que sempre disse: é preferível pecar por defeito do que por excesso. O querer saber tudo e mais alguma coisa pode, em determinadas circunstâncias, ser muito útil, mas na maior parte é completamente contraproducente.