Assumo que hoje, prestes a entrar nos sessenta, valorizo a estabilidade de emprego e privilegio a evolução orgânica da família e da carreira. Todavia, compreendo que as gerações mais novas valorizem sobretudo as oportunidades de aprendizagem e não abdiquem da liberdade de evoluir na vida através da mobilidade.
Independentemente das gerações, sabemos que, a certa altura, todos sentimos necessidade de mudar. Ou porque a situação actual deixou de ser desafiante ou porque aquilo que estamos a fazer se tornou aborrecido ou pouco gratificante em termos de funções ou de reconhecimento.
Antes, porém, de tomar alguma decisão é bom que se comece por um processo de reflexão pessoal, uma anamnese pessoal e profissional, de modo a analisar as funções e responsabilidades.
Mais: para uma visão mais realista, podemos e devemos ainda recorrer a pessoas que nos conheçam bem e que podem ajudar a definir um perfil mais ajustado. O sucesso depende, em larga escala, do autoconhecimento e da confiança que os outros depositam em nós.