Como bem noticiou a comunicação social, os resultados dos exames ou provas finais – o nome é redundante, como expliquei em texto publicado oportunamente – do 4º e 6º ano foram uma desilusão a Matemática. Já a Português foram francamente positivos, registando-se, outrossim, uma subida em relação ao ano passado.
Assim, percebe-se a reação da Associação de Professores de Português quando esta, através da sua presidente, considera as provas da língua materna “objectivas, coerentes e adequadas ao nível etário dos alunos”, adiantando, ainda, que “dada a qualidade dos exames, não nos surpreendem os resultados positivos”.
Para Edviges Ferreira, “os resultados das provas espelham o bom estado do ensino do Português e o bom trabalho dos professores”.
Em contraponto, a presidente da Associação de Professores de Matemática afirma que “os exames no 4.º e 6.º ano perturbam a aprendizagem das crianças e introduzem elementos de segregação e selecção. Acrescentou que “os exames nacionais de Matemática foram desequilibrados e tinham demasiado cálculo”. Lurdes Figueiral justificou, desta forma, os resultados negativos nos exames do 4.º e 6.º ano. “Consideramos que as provas têm uma exagerada quantidade de cálculo, nomeadamente no 6º ano, onde 80% da prova avaliava cálculo. Mesmo quando os itens em questão não tinham que ver com cálculo, como em perguntas de escolha múltipla e de resposta directa, eram necessários vários passos de cálculo para se chegar ao resultado”.
Característico, não? Resta dizer que enterrar a cabeça na areia nunca foi solução.