Há dias em que a auto-estima cai. Nesses momentos temos de nos agarrar uns aos outros e pensar que estamos juntos. Pensar que o meu objectivo já está traçado e há que o cumprir e, se possível, da forma mais feliz. Por outro lado, há sempre alguém que nos inspira e é graças a e esse(s) que tenho o dever de também haurir os outros. Ninguém deve correr sozinho.
Costuma-se dizer e é uma verdade insofismável: o futuro é uma grande incógnita e a Deus pertence. Tudo pode acontecer. E é nesse eventual inesperado que reside a magia da vida. Há dias em que penso: porque é que estou a fazer isto? Se está a ser um sofrimento, porque continuo? Mas, depois, reflicto e digo: vá lá, só mais uma tentativa. É um dia de cada vez. Um pé à frente do outro, mais uma corrida, mais uma etapa vencida.
Procuro que não haja dramas. Aliás, este é um tempo em que não existe espaço para tal. Não vale a pena ter ilusões. É preciso apostar na prevenção e esta passa por saltar por cima – perdoem-me o pleonasmo – do sentido de “todo o terreno” que a vida me «obriga» a ser.
Esqueçam as recomendações que têm para me dar. Há muito que as sei de cor e sou imune às respectivas consequências. Por outro lado, descansem na vossa busca, uma vez acreditar na não existência de terapia para tal.