Soube-se por estes dias que até 2025 a Suécia vai afastar todos os sistemas informáticos das suas escolas. Ou melhor: retira-os aos alunos, desde o primeiro ciclo até ao secundário. Este país, pioneiro na digitalização do ensino, tendo arredado das escolas por completo os livros em papel, chegou à conclusão que os seus jovens sofrem de uma forma acentuada de iliteracia, i.e., não sabem ler e muito menos escrever manualmente.
Nós, ao contrário, acentuamos cada vez mais a dependência da nossa juventude pelos meios digitais, como é exemplo gritante, pela sua extraordinária aberração, as provas de aferição do 2º ano. Quando estes discentes ainda se encontram numa fase em que o exercício contínuo da sua manualidade é fundamental, o que faz o Ministério da Educação? Oferece-lhes computadores e obriga-os a fazer provas em formato digital.
Já agora uma pergunta: qual a razão por se ter acabado com as cópias e os ditados no 1º ciclo? E a questão dos significados e respectiva consulta do dicionário?