Costumo dizer que se os Estados Unidos tem os dois candidatos à Casa Branca, pela maioria dos observados considerados como os piores das suas eleições presidenciais, é porque o recrutamento não foi o mais adequado. Bem sei que Hillary Clinton é bem melhor que Donald Trump e Deus nos livre deste ganhar. Mas que são ambos fraquinhos e com enormes rabos-de-palha é uma verdade insofismável.
Se eu disser a um candidato que o vou colocar à experiência, coisa que o método de eleição presidencial americano é useiro e vezeiro, para perceber se ele serve para a função é porque tenho dúvidas e, por isso, não invisto o que devia para seleccionar a pessoa certa. O problema desta metodologia, cujo exemplo máximo são as primárias, algo que o resto do mundo tem imensas dificuldades em compreender, é que esta pessoa leva meses a conseguir criar confiança, se é que alguma vez o consegue, originando uma ansiedade. Ora, como bem sabemos, pessoas desassossegadas não são as mais produtivas.
Esta mudança de paradigma, tanto a nível cultural como de mentalidade tem de acontecer e vai acontecer. Demorará décadas mas é inexorável.
De uma coisa tem o Trump sorte. A maior parte dos habitantes neste planeta, incluindo uma fortíssima percentagem dos europeus, não vota nas eleições americanas. Caso contrário, a vitória da Srª Clinton seria retumbante.