Os telejornais debitam notícias que, na gíria, são denominadas de “enchimento de chouriços”, pois, a maior parte, por inexistência de assuntos importante, limita-se a debitar eventos triviais, os quais, noutra altura passariam totalmente despercebidos. Tudo numa tentativa estéril de preencher o horário nobre.
Entretanto, o Natal já passou, restando-nos agora esperar pelas festividades do fim-de-ano, com todos os inerentes pedidos e, sobretudo, juras de que o próximo ano é que vai ser aquele que todos ansiosamente aguardam, i.e., os tais 365 dias de mudança.
Cansados de tanto comermos, sim porque não é apenas o trabalho que fatiga, repousamos de nada fazer, ao mesmo tempo que nos penitenciamos dos excessos gastronómicos, asseverando que será a última vez que cometemos o pecado da gula. O que nos vale é que a nossa memória é curta!
Por estes lados, em tempos que já lá vão, no dia de hoje havia a Festa do Menino Jesus, com o seu cortejo de oferendas, cujo leilão – colaborei como leiloeiro durante muitos e muitos anos - servia para pagar a festividade profana que se desenrolava da parte da tarde. Nos tempos que correm, nem cortejo e muito menos música ao vivo. Até a missa se resume à Celebração da Palavra. Sinais dos tempos!