Por um motivo que todos bem sabemos não se tem discutido a verdadeira situação económico-financeira do país. Estamos em ano eleitoral e todos os motivos servem para “o deita abaixo”, o achincalhamento, a demagogia e a verborreia sem fim.
A posição assumida pelos comentadores é do género “uma no cravo e outra na ferradura”, tanto mais que verdadeiramente ninguém sabe o desfecho do problema. Os partidos políticos cavalgam na onda do populismo e, dia sim, dia sim, lançam farpas e divertem-se com picardias arremessadas uns aos outros. Tudo isto enquanto o povo, aquele que diariamente dá o litro para receber meia dúzia de tostões, olha para tudo isto e diz em voz alta “são todos a mesma coisa, pois apenas querem o tacho!”.
Com tudo isto não admira que a mais recente sondagem feita aos jovens realce o facto de 80% destes não confiarem nos políticos. Bonito futuro para a nossa democracia!
Bem sei que o caso das dívidas do primeiro-ministro à SS é grave e que tal não deveria ter ocorrido. Para agravar a situação sente-se que ainda falta dar muitas explicações. Todavia, segundo se conta nos “mentideiros” da política, muitos políticos do PS, a começar em António Costa e acabando em José Lello, também padecem do mesmo mal. A ser verdade não admira o pouco agitar de águas feito por este partido acerca deste assunto.
A verdade é que somente os partidos da esquerda pura e dura, com especial destaque para o PCP, pedem a demissão da AR e a consequente queda do governo. Não admira pois, com os militantes sempre a postos para o combate, todos os momentos são bons para ir a eleições. Ao contrário, ao PS não agrada, de modo algum, eleições antecipadas. As sondagens não lhe dão grande margem de manobra e a sua máquina partidária não está pronta, desde já, para um combate político.
Como é evidente, muita água irá correr debaixo das pontes até este assunto estar encerrado. A ver vamos como terminará!