Infelizmente continuamos em tempos de vacas magras, apesar dos centros comerciais estarem a rebentar pelas costuras, de tal modo que, em determinadas horas, é impossível arranjar um lugar para estacionar.
E a continuação do contexto de adversidade obriga os líderes a criarem novos paradigmas na condução diária das suas organizações. Contudo, perguntar-se-á: estarão os portugueses na rota certa?
De acordo com estudos, o comportamento de um líder influencia a motivação das equipas em 30%. Abro um parêntesis para chamar a atenção que líder não é apenas o topo da pirâmide de uma organização, já que as chefias intermédias, à sua escala, também são líderes. Voltando ao cerne da questão, os portugueses são, por natureza, capazes de delegar e orientar, mas enquanto líderes tendem, à medida que o tempo passa, a assumir o palco e, simultaneamente, a serem tolerantes com os erros dos outros. Uma contradição, à primeira vista, insanável e que tem dado maus resultados.
Todavia, manda a verdade dizer, que preferimos o mando tolerante, chegando ao limite do “deixa andar”, com o argumento que todos somos responsáveis – mentira descaradíssima -, do que o controle, o rigor e, sobretudo, a disciplina. Este clima ameno faz-nos serenos, pelo menos nos deveres, já que quanto aos direitos somos os primeiros a reivindicar.