Desde terça-feira passada que não se fala de outra coisa, i.e., das eleições americanas. Não há abertura de telejornal ou primeira página que, dia após dia, senão hora a hora, não retratem a vitória de Biden, como a seguir anunciem Trump como vencedor. É evidente que outro assunto também realça nos noticiários - falo da pandemia provocada pelo Covid-19 -, mas isso são outros quinhentos.
O que realça, porém, para estas parcas linhas são as eleições presidenciais nos EUA. Com toda a franqueza, a nação mais poderosa do mundo, ex-libris em termos de tecnologia, não é capaz de em 24 horas contar os votos e declarar A ou B vencedor? Imaginem que haveria, não dois, mais nove ou dez, como acontece em Portugal. Com o sistema que têm demoraria meses. Bem, aqui chegados, há quem defenda que a América necessita exactamente desse número de candidatos, pois se assim fosse o processo há décadas que seria muito mais célere.
Como é evidente, se os europeus pudessem votar, Biden teria sido eleito no próprio dia, independentemente do complexo sistema eleitoral .