Prefiro mil dias de ensino presencial do que um só de ensino à distância (E@D), principalmente no que concerne à avaliação. Já o disse e repito: se a aprendizagem por esta via é altamente deficitária, então a avaliação é tudo menos avaliação.
Todavia, neste momento, não vejo alternativa. O número extraordinário de contágios, bem como o excessivo número de mortes que se registam diariamente, sem esquecer que os serviços de saúde já não conseguem responder minimamente às necessidades, leva-me a mim e à esmagadora maioria dos portugueses a dizerem basta. Por favor, encerrem as escolas. Nem mais um dia.
Mas se digo para fecharem, de imediato, as escolas, também avanço de que devem estar o mínimo de tempo encerradas. Que não aconteça como o ano passado em que apenas reabriram para os alunos sujeitos a exame. Não sei se serão necessários trinta, sessenta ou mais dias para que se achate a curva epidérmica. O que sei, é que não será necessário o encerramento até ao final do ano, pois se assim for é o descalabro completo em termos de ensino para uma geração e, sobretudo, para o futuro do país.
Não nos podemos esquecer que os alunos até aos 12 anos em casa obrigam a pelo menos um dos progenitores a também ficar em casa, cujo salário terá de ser pago sem que produza o que quer que seja.