Todos os anos é assim. Por esta altura os imigrantes começam a chegar à sua terra natal. Vêm de todo o lado, mas face à proximidade geográfica os dos países europeus são maioritários. É vê-los ao volante de grandes “bombas”, falando alto e gastando rios de dinheiro nos cafés, mercados e restaurantes de última linha, locais apropriados para dar nas vistas.
Até aqui nada de novo. Todavia, num olhar mais atento, nota-se um falar político que desagrada, uma vez que a apologia ao Chega é demasiado saliente. O que leva a outra conclusão, i.e., a não admiração do número de votos que este partido tem obtido nas últimas eleições.
Por outro lado, continuam, talvez mais vincadamente, os queixumes de sempre: os serviços públicos que não funcionam, uma vez que querem resolver assuntos de anos em poucos dias; o comércio que não os atende bem, já que acham (sub)conscientemente que devem ter prioridade em tudo; o facto de não conseguirem um pedreiro, um canalizador, um electricista, etc. de imediato. E se prometem e lhe falham aqui d’el rei que é um país onde a palavra nada vale e o profissionalismo é inexistente.
Bom, bom é nos países para onde imigraram. Aí tudo funciona às mil maravilhas. Contudo, com alguma paciência e escalpelizando as lamúrias lá acabam por dizer que, muitas vezes, nos países onde labutam onze meses a vida (social, pública e relaciona) é bem pior.