Enquanto uns discutem se deve haver ou não comemorações, na AR, do 25 de Abril – os sim são democratas, os não são fascistas, como se a democracia fosse algo a preto ou branco – outros lutam pelo futuro mais imediato, sem saber e muito menos querer saber destas lutas intestinas dos nossos “maiores” da política. Estes, afinal, continuam a olhar apenas para o seu umbigo.
Como disse hoje SS o Papa Francisco somos todos frágeis e, sobretudo, atrasados em relação ao tempo, à semelhança de S. Tomé, o qual chegou posteriormente e não viu Jesus Cristo. Espero e anseio que quando Este voltar, no fim do tempo de cada um, não estejamos ausentes e muito menos incrédulos.
Por outro lado, para aqueles – pecador me confesso – que estavam cansados de “aturar” os discentes, bem como o contrário, é bom que torçam a orelha. Sim, bem sei que esta não deita sangue, sinónimo de que os nossos queixumes não tinham razão de ser. Somos uns eternos insatisfeitos. Os imensos contactos que, por videoconferência, ultimamente tenho feito dão-me essa certeza absoluta. Os alunos têm saudades de aulas presenciais com os professores, incluindo aqueles que detestavam e, pelo lado destes, então nem é bom falar.
Continuamos a limpar o que muitos de nós não sujámos. Serve-nos de consolo a ideia de um milagre e de que as gerações que sobrevivam a esta pandemia terão uma consciência moral e/ou ética superior à nossa. Alguns estão ainda em delírio. Porém, quando a poeira assentar e a verdadeira crise – sim, porque isto de ficar em casa um mês, atrás de outro pagar-se-á com língua de palmo – se instalar, então falamos