A propósito do texto sobre os direitos dos animais, publicado em 23 do mês p.p. - https://omeupontodevista.blogs.sapo.pt/haja-pachorra-740128 -, foi colocado um comentário por um(a) anónimo(a), o qual, por ter passado despercebido à maioria daqueles que visitam este blogue, transcrevo na íntegra, seguido de algumas observações.
Certamente, te lembrarás ...
Ao ler este artigo e sem consultar a fita do tempo como agora é usual, veio à minha memória uma cena simultaneamente caricata e confrangedora.
Uma colega, por sinal assídua, estava a faltar por acompanhamento de um familiar. Regressada ao serviço, foi ao teu gabinete dar uma explicação pela ausência.
Durante o diálogo e talvez no intuito de lhe desejar as melhoras ou algo similar, inadvertidamente, inquiriste sobre a pessoa do familiar. A resposta foi célere, incrédula e inopinada, retorquindo que o dito era o seu cão.
Bom, seguiram-se breves momentos sem palavras, de cara à banda, vontade incontida de rir e pelo semblante da colega, uma certa incompreensão pela não aceitação espontânea do sentimento de amor zoófilo.
Esta cena passou-se há mais de quinze anos e pelo conteúdo do artigo expresso com o qual me identifico em plenitude, continuamos incompreendidos nestas modernices de outrora e atuais. Ainda bem!!!
E como dizia o outro, habituem-se!
Caro(a) colega, antes de mais agradeço o comentário acima reproduzido. Claro que me lembro perfeitamente do citado episódio, o qual, tal como ontem e hoje, continua a colocar-me a cara à banda. Recordo-me bem que fiquei de queixo ao lado, para não dizer outra coisa pior, com a declaração inusitada então proclamada. Só lamento, mas a boa educação assim o exige, “não dar nomes aos bois”. Assuntos e situações existiram, existem e existirão que jamais verão a luz da estampa. Morrerão connosco. Feliz ou infelizmente a vida é assim.
Adianto, contudo, que ando a compilar uma série de acções e/ou posições ocorridas naqueles anos, algumas sérias, outras caricatas, umas com provas, outras apenas confiando na memória, com vista a dar-lhes a luz do dia. No entanto, fiquem descansados os mais receosos que o factor incógnito será salvaguardado. Quanto muito recorrerei a falsas identidades, preservando, contudo, sempre a verdade dos dados.