A legislação que regula os maus tratos a animais foi considerada inconstitucional, uma vez que, segundo os juízes do Palácio Raton, é imprecisa, mal definida e impossível de aplicar.
Tanto bastou para que os radicais na defesa dos animais saíssem à rua e invadissem as redes sociais. E ai daqueles que, por estes dias, advoguem opinião contrária. São trucidados, espoliados e condenados à fogueira da “nova inquisição”.
Estando de acordo que os animais não são para castigar, bem pelo contrário, devemos, na medida do possível, protegê-los, também não deixa de ser verdade que em primeiro lugar devem estar as pessoas – saúde, educação e bem-estar socioeconómico – e só depois os animais.
Defender, como vi a muitas pessoas, que os animais têm os mesmos direitos que as pessoas é inverter toda a nossa natureza, bem como a estrutura societária que construímos ao longo de milénios.
Aliás, este radicalismo quer ir mais além. Para além de criar um SNS especialmente dedicado aos animais, antemura que a morte de um animal doméstico dê direito a um período de nojo igual ao falecimento de pais e filhos, i.e., cinco dias de baixa.