Vivemos tempos de algum constrangimento. Não me refiro propriamente à questão do confinamento, mas de algumas tentativas de cerceamento da liberdade. A comprovar atente-se no manifesto subscrito por uma série de “personalidades”, as quais se revoltam com o facto dos jornalistas das televisões generalistas se centrarem “apenas” nos casos negativos da pandemia, de relatarem os aspectos menos claros da vacinação contra o Covid-19, em suma de denegrirem constantemente a acção do PS e, sobretudo, do governo.
É evidente que existe no PS e não só, por muito que apregoem o extremo amor à liberdade, gente que ainda tem uma costela salazarista. Nada de números de infectados e/ou mortos, excluam-se as filmagens sobre as filas de ambulâncias às portas dos hospitais, bem como a pré-rotura destes, chegando a necessitar de ajuda estrangeiro, etc., etc. Somente notícias cor-de-rosa como, por exemplo, a excelente governação proporcionada por António Costa.
Tem muita razão Cavaco Silva quando vem criticar esta tentativa de amordaçamento da democracia. Não quer dizer que esteja isento de erros, bem pelo contrário. Contudo, tal como tinham razão quando em tempos lhos apontarem, ele, agora, tem todo o direito de os indicar. Como seria de esperar os “cães” de fila do PS – leia-se PCP e BE – vieram, de imediato, amesquinhá-lo, chegando ao cúmulo de Jerónimo de Sousa dizer que se tinha de lhe dar um desconto pois estava velho. É caso para dizer: Olha quem fala! Logo ele que é um poço de juventude.