Não têm sido fáceis estes últimos dias. Múltiplas solicitações, divergências de opinião e sobretudo de conduta, isto para não falar da não estimação e da muita, mas mesmo muita, falta de consideração.
A crise de valores que a sociedade atravessa cria, na minha modesta opinião, uma séria dificuldade para as gerações actuais e principalmente para as vindouras, uma vez o ser humano, desde sempre, ter precisado – hoje-em-dia cada vez mais - de referências. Ora, se as perder ou não as (re)encontrar, constrói-as a seu belo prazer e, como sabemos da história recente, nem sempre em prol de um bem maior e comum.
A confiança conquista-se num processo, como a reputação. Mas desfaz-se com um (mau) comportamento. Não é possível confundir legalidade com moralidade. As pessoas podem não infringir a lei e mesmo assim estar a cometer uma imoralidade. E o ditado popular que “mais vale ser que parecer” aplica-se, hoje como ontem, a quem, muitas vezes opta por ganhar a vida, mesmo perdendo a alma.