As Jornadas Mundiais da Juventude estão a dar muito que falar e, infelizmente, pelos piores motivos. Começando pelas contas astronómicas para a preparação dos terrenos, terminando com os custos do palco que receberá Sua Santidade o Papa Francisco, reconhecidíssimo pela sua simplicidade e apego ao desprendimento dos bens materiais, vem acicatar muitas críticas, algumas injustas, mas, verdade seja dita, também imensas íntegras.
Nos tempos extremamente difíceis que atravessamos, os valores “doem” muito, nas palavras de D. Américo Aguiar, responsável português da Igreja Católica. Eu quase me atreveria a dizer que são sinónimo de pecado.
Para agravar tudo, chegamos à conclusão que ninguém se entende. A CM de Lisboa diz uma coisa, o Presidente da República diz algo, para na hora seguinte dizer o seu contrário. A Igreja, por muito que insista na transparência, o que na prática faz é obscuro. Por exemplo, quais os valores que pela sua parte investe? Para onde vão os fundos que obterá com as inscrições de mais de um milhão de peregrinos?
O único a gozar com tudo isto é o Governo, pois este assunto afasta as atenções dos casos e casinhos que diariamente enferma.