Desapareceram, o ano passado, centenas de armas e munições do interior de uma esquadra da PSP. Abre-se um rigoroso inquérito, procedendo às averiguações tidas por convenientes e ameaçando ir até às últimas consequências. Foi o que disseram.
Resultado: zero. Nada se apurou. Continuou tudo como dantes: “quartel-general em Abrantes”.
Ontem, em Tancos, em instalações do Exército, deu-se pela falta de diverso material de guerra, nomeadamente munições de 9mm, granadas de mão ofensivas, de foguete anticarro, de gás lacrimogéneo, explosivos e material diverso de sapadores como bobines de arame, disparadores e iniciadores. O ministro da Defesa, lamenta e “afirma que mandou instaurar um rigoroso inquérito, o qual irá até as últimas consequências”.
No final o resultado será: zero. Entretanto, o material já estará, a esta hora, nas mãos de terroristas, de tal modo que a Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa pediu a Washington um reforça de segurança.
A nível internacional somos motivo de chacota e, sobretudo, enorme preocupação. Ah, o ministro da Defesa avançou que o contingente nacional que integra a força da ONU no Afeganistão irá ser reforçado com mais soldados, aumentando, deste modo, a nossa contribuição para a paz neste país. É caso para dizer: por um lado deixamos que nos roubem, com o maior desembaraço, as armas e depois vamos combater, lá fora, quem as possui agora.