Há uma expressão muito portuguesa que diz “palavra dada é palavra honrada”, algo que António Costa, por tudo e por nada, gosta imenso de proferir. Bem, no caso do seu ministro das Finanças, Mário Centeno, não é assim. E, já agora, para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também não.
Se não há documento escrito a provar isto e aquilo, nada vale o que se disse. Em suma, a palavra, sobretudo de um político, que já andava pelas ruas da amargura, nos dias de hoje vale exactamente zero.
Portanto, meus caros amigos, a partir deste momento, sobre tudo o que eu disse e o seu contrário não me venham solicitar contas. Se me apresentam um papel assinado tudo bem; caso contrário nada feito. Ponto final parágrafo. Sabem que não será assim, já que sou um homem de palavra honrada, mas que poderia ter o mesmo procedimento é verdade.
Estamos carecas de saber que entre Mário Centeno e o ex-presidente da CGD, António Domingues, houve conversas e acordo acerca da não entrega da declaração de rendimentos por parte da administração daquele banco público. Se houve documento escrito ou não pouco importa, uma vez que entre homens de palavra, esta sobrepõe-se a tudo o resto.
Contudo, muito mais que estas questões, que não são de lana-caprina, é importante saber quem pagou ao escritório de advogados para conceberem uma lei à medida do freguês – leia-se António Domingues. Este, a CGD ou o Ministério das Finanças?