Prometo que não direi mais uma palavra sobre a prestação da nossa selecção no Mundial do Brasil 2014. Sinceramente bater em ceguinhos nunca foi meu apanágio e ver jogar a D. Inércia em vez do CR7 de modo algum me agradou.
Por isso, ala que se faz tarde. Durante a próxima semana falarei de outros assuntos, mais prementes, com toda a certeza, com outro timbre e em maior profundidade.
Hoje, apenas para falar da matança do cevado, que, por acaso, até é fêmea. Vão ser momentos únicos, tanto mais que apenas crio para regalo do paladar e, sobretudo, como motivo de reunir à volta da mesa os familiares mais directos e os muitos amigos que, felizmente, tenho.
Bem sei que durante a matança, as mulheres procurarão estar longe, uma vez não suportarem os gritos do dito cujo. Abra um parêntesis para lhes perguntar: como seria se necessitassem efectivamente de matar para sobreviver? Todavia, o que importa é que, hoje, se comerão, logo após a morte do “bicho”, as primeiras fêveras acabadas de cortar e devidamente grelhadas na brasa.
Amanhã, sim, dia grande: o sarabulho feito essencialmente com o sangue, acompanhado com carne e regado com sumo de limão – é preciso, de algum modo, cortar o excesso de alguma gordura – há-de ser servido a cerca de duas dezenas de convivas. O bom vinho caseiro, colheita de 2013, produto de um lote onde desponta necessariamente a baga, mas que a mistura de syrah, merlot e cabernet sauvignon lhe dão uma suavidade muito característica, há-de ser o acompanhamento de tal opípara refeição. As sobremesas, como é óbvio, ficarão a cargo das senhoras.
Segue-se, no domingo, como aliás não podia deixar de ser, os torresmos. Com os mesmos ou quase os mesmos convidados. Ah, grande fim-de-semana!
O texto não está muito erudito. Concordo! Todavia, nem sempre, nem nunca, a nossa veia prosista está ao mais alto nível. Consola-me a genuinidade do texto.
Perguntar-me-ão: faltará alguém? É evidente que sim! E mais não digo.