Todos temos acompanhado a sequela ao cobarde ataque ao “Charlie Hebdo” e o quanto à maioria das pessoas tal vil acto revoltou. Não existem palavras para descrever tal acontecimento e mesmo quando estas existem a emoção, na maior parte das vezes, embarga a voz e nada sai. É natural e, simultaneamente, humano.
Refiro-me anteriormente à maioria, uma vez que algumas pessoas existem – infelizmente poucas - para quem tal ocorrência ou nada lhes disse ou, pior ainda, rejubilaram em surdina.
Não é por acaso que nas várias manifestações, ocorridas por quase todo o mundo, com execepção dos países muçulmanos, como é óbvio, e principalmente em Portugal não vimos um único individuo ligado aos partidos da esquerda ou da extrema-direita.
Por outro lado, existem colunistas e comentadores – de todos os quadrantes - que, apesar de condenarem tais nefandos actos, acrescentam sempre um “mas” ou um “porém”. Ora, sem querer afirmar que tudo se pode resumir a preto ou a branco, no caso da liberdade não existem “mas” ou “poréns” que se possam invocar, e muito menos o que disse a eurodeputada do PS, Ana Gomes, a qual, ultimamente não acerta uma, de que tal se devia à austeridade.