Existem frases que lemos ou ouvimos que nos ficam a “martelar” na cabeça dias e dias seguidos. É exemplo a frase seguinte, a qual cito de memória: “a chave é encontrar pessoas que não pensam como tu, mas que podem preencher as tuas lacunas ou limitações e, sobretudo, compensar as tuas fraquezas”.
Ora, tal levanta uma série de questões. A primeira tem a ver com aqueles que pensam, não de modo sistemático, é certo, de modo diferente, havendo, aqui, que enfatizar que é na divergência e nos pensamentos, não digo disruptivos e fora da “caixa”, incomuns que nasce a inovação. Aliás, o maior mito sobre a inovação é o de que ela é feita apenas por génios solitários.
A segunda prende-se com o laboro, dentro da “equipa”, de uma busca constante por novos conhecimentos e pela construção de uma cultura afectiva permanentemente dinâmica, a qual inclui, aquilo que hoje-em-dia constrange muita gente, o frete.
A terceira questão respeita ao tempo que demora a chegar a resultados concretos, já que tudo isto não é, como costumo dizer, “carregar no botão” e está feito … O tempo, neste âmbito, é imprevisível e numa sociedade que se tem acostumado a efeitos imediatos, então, é aflitivo. Porém há que ser resiliente e acreditar que, uma vez operacionalizada a relação, ela, a seu tempo, dê os seus frutos.
Acima de tudo, dê tempo ao tempo e, principalmente, folga em termos de espaço e recursos, bem como a oportunidade de improviso mútuo.