Como é público, por vontade própria, Passos Coelho decidiu abandonar a vida política activa. Regozijamo-nos, pois, uma vez que são muito poucos os estadistas de carreira, e ainda por cima com o currículo deste, que se desprendem dos cargos políticos.
Estou perfeitamente convencido que a esquerda “bem-pensante” e/ou esquerda caviar, apesar de quererem ver o “homem” pelas costas, não comungam do acima exposto.
Aliás, não é por acaso que notícia de que Passos Coelho vai dar aulas no ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas) de Lisboa tem provocado um intenso debate nas redes sociais, alimentada por uma esquerda enviesada, lúgubre e anquilosada, a qual, não tenho a menor dúvida, é de opinião que aquele, quanto muito, deveria ir para as arcadas do Terreiro do Paço, ou para o pé da Sopa dos Pobres, pedir esmola com vista a sobreviver.
Salve-se, entretanto a opinião esclarecida de alguns homens de esquerda como Sérgio Sousa Pinto. Este afirmou que " experiência de um ex-primeiro-ministro, qualquer que seja, é única e valiosa" e "por isso são disputados pelas melhores universidades dos seus países". No caso concreto, trata-se de "testemunha privilegiada e ator de um período crítico da vida nacional - a avaliação que fazemos dele não é para aqui chamada" que "decidiu dar aulas" quando "podia ter sido cooptado pelos "donos disto tudo", como consultor, lobista ou ornamento. E assim "a pátria, chocada, vomita insultos", com "meia dúzia de pessoal menor da Academia, devidamente encartada de títulos e graus" a " inchar de indignação". Eu, acrescento, não diria melhor!