De acordo com as contas publicadas no Portal Base, 65.666,65 euros é o valor gasto entre câmaras e organismos no último mês para papel higiénico e derivados. Contudo, este valor é um indicador que peca por defeito, já que existem aquisições, efectuadas por organismos públicos, não registadas naquele sistema, uma vez que apenas importâncias acima de certo montante aí são obrigatoriamente publicadas.
Assim, fazendo as contas, anualmente são gastos quase 800 000 euros em papel higiénico. Ora, tendo em conta que o número de portugueses em idade activa, i.e., habituais frequentadores das repartições públicas, descontando, por isso, as crianças/adolescentes e os idosos/”internados” em lares, ronda os cinco milhões, das duas uma: ou se borram muito quando vão a estas – um rolo ou mais por cada utente -o que não é curial, ou existe outro factor.
E por falar em outro factor, deixem-me contar uma estória verídica. Em tempos, quando estava em funções de dirigente máximo de um serviço público, fui alertado pela responsável dos serviços de higiene que, nas casas de banho destinadas apenas aos funcionários da “casa”, havia imensos dias em que os rolos de papel higiénico não duravam mais que meia hora. Todavia, o pior é que os cestos reservados para os restos praticamente estavam vazios e nem os respectivos canudos se encontravam. Solução com resultados positivos: instalar este artigo de higiene em mangas circulares fechados à chave.